Os parques do Distrito Federal são abertos para corrida, caminhada, ciclismo, patins e skates, mas, claro, seguindo-se as orientações de uso de máscara e distanciamento mínimo para os esportistas. Atividades em aparelhos ergométricos ao ar livre dentro dos locais estão proibidas.
O diferencial é a colaboração voluntária de profissionais e estudantes de Educação Física da capital. Por meio de chamamento feito pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEL/DF), os candidatos devem se cadastrar pelo site da pasta e aguardar serem chamados para o voluntariado pelo e-mail e um vídeo de orientação para a função.
Uma das voluntárias será Vall Carvalho, que se inscreveu na última segunda-feira (1). De acordo com ela, para as pessoas que desejam fazer algum treino funcional no parque, a recomendação é que levem álcool em gel e seu próprio colchonete caso queiram fazer alguma atividade funcional, como abdominais, sempre de máscara e evitando aglomerações.
A personal trainer que mora em Águas Claras afirma que tem orientado algumas atividades físicas ao ar livre em frente ao condomínio onde mora, conforme as recomendações de distanciamento. Para ela, as atividades têm grande diferencial para os alunos. “Tenho aula com o máximo de cinco pessoas em uma praça, sem haver contato físico. E só pelo fato da pessoa sair de casa, a resposta de 90% das pessoas é de alívio, por sair do confinamento. É impressionante a resposta de ânimo delas, principalmente emocional”, comenta.
Em boa hora
A secretária de Esportes e Lazer do DF, Celina Leão, em entrevista ao Jornal de Brasília, atenta para o fato de que os profissionais de Educação Física não estão nos parques com o fim de orientação das atividades físicas realizadas pela população, mas sim de fiscalização e educação quanto às medidas de segurança sanitária. Apesar do constante aumento dos casos no DF, ela acredita que a reabertura vem em boa hora.
“Acredito que seja um bom momento, porque não estamos olhando apenas sobre a ótica da possibilidade de contaminação. Estamos olhando também pela ótica da saúde física e mental. Aumentaram os casos de suicídios, o número de pessoas hipertensas que agora fazem parte do grupo de risco, pessoas com comorbidade ficam ainda mais debilitadas, então o foco inicial é a saúde”, afirmou. “As pessoas precisam de imunidade.”
Segundo a chefe da pasta, a organização dos voluntários e demais servidores da Secretaria será definida de acordo com o tamanho de cada parque e o fluxo de pessoas que os frequentam. “No Parque da Cidade e no Parque Ecológico de Águas Claras, por exemplo, teremos uma equipe maior porque é muita gente circulando. Dividimos 20 coordenadores da Secretaria de Esportes que estarão nos locais de lazer, cada qual com outros dois operadores para orientar voluntários e ajudar na fiscalização”, ressaltou.
Celina garantiu que não faltarão fiscalizadores, por mais que haja poucos voluntários em alguns parques. O Corpo de Bombeiros prestará auxílio nesse sentido e para casos de usuários que passem mal nas atividades, uma vez que passaram muito tempo confinados e o esforço físico não seja proporcional à capacidade aeróbica atual do indivíduo.
Decreto
De acordo com o Decreto nº 40.846, publicado no último sábado (30), a fiscalização e supervisão do funcionamento das regras de segurança sanitária para a população nos locais de lazer, além da SEL, será encabeçada pelo Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos e as respectivas administrações dos parques.
Segundo Patric Aguiar, presidente do Conselho Regional de Educação Física do DF (CREF7), a prioridade é preservar a saúde de quem pratica as atividades físicas nos parques do DF. “A palavra de ordem agora é segurança. Então os profissionais devem observar se as pessoas estão seguindo as regras [com o uso de máscaras e sem aglomerações], até para não voltarmos de uma forma desordenada. É muito importante praticar atividades físicas, mas é importante também observar as medidas sanitárias”, afirmou.
Parques abertos
Serão 19 parques a serem reabertos no DF. De acordo com a SEL/DF, uma lista de parques foi apresentada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e, a partir dela, foram escolhidos aqueles que mais se adequam para esta flexibilização, sendo viável também para a fiscalização dos voluntários, profissionais de Educação Física e servidores das administrações dos locais de lazer e outros servidores públicos das pastas fiscalizadoras. Com informações do Jornal de Brasília.
Com horário de funcionamento entre 6h e 21h, os parques são:
- Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek
- Parque Ecológico do Paranoá
- Parque Recreativo do Gama (Prainha)
- Parque Ecológico do Gama
- Parque Ecológico Sucupira (Planaltina)
- Parque Ecológico do Lago Norte
- Parque Ecológico da Asa Sul
- Parque Ecológico Olhas D´água
- Parque Ecológico Ezequias Heringer (Guará)
- Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul)
- Parque Ecológico Águas Claras
- Parque Ecológico Riacho Fundo
- Parque Ecológico do Areal (Arniqueiras)
- Parque Ecológico Veredinha (Brazlândia)
- Parque Ecológico do Cortado (Taguatinga)
- Parque Ecológico 3 Meninas (Samambaia)
- Parque Ecológico do Tororó
- Parque Ecológico das Copaíbas
- Parque Nacional de Brasília