A greve desta quinta-feira, 17, pegou muitos pais ou responsáveis de surpresa, como foi o caso da Maria do Carmos, de 57 anos. O sobrinho dela, estuda em uma das escolas acorrentada e ficou sem estudar. “Sou contra a greve que afeta todos nós – além disso, as reposições dos conteúdos perdidos seriam corridas e nem sempre bem ensinadas”, declarou Maria.
Um fato chamou a atenção das autoridades do município, pessoas ainda não identificadas passaram durante a madrugada trancando os portões com correntes e cadeados de algumas escolas, para impedir a entrada de alunos e servidores públicos que não aderiram ao ato. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem com capuz preto para em frente ao portão e coloca corrente e cadeado na escola – por volta das 05h48 da manhã.
O artigo 9º da Constituição Federal define o direito à greve como instrumento de luta pelos interesses do trabalho. Mas esse mesmo artigo dispõe que o exercício de greve em atividades essenciais inadiáveis da sociedade deve possuir limitações definidas por lei.
A greve é promovida pelo Sindicato de Servidores Públicos e Empresas Públicas Municipais (SINDSEPEM/VAL) , presidida pelo professor Marcilon Duarte. Cerca de 50 servidores públicos de Valparaíso de Goiás, decretaram greve geral. A maioria são concursados e lotados na Secretaria Municipal de Educação.
Segundo Jorge Henrique, disse que compreende o “direito legal de greve, que é constitucional”. No entanto, os pais condenam o que seria uma descontinuidade do processo pedagógico, isso causa cansaço e indignação, uma vez que passamos por uma pandemia e nossos filhos foram prejudicados e agora uma greve”, finalizou pai de uma aluno do município.
Polícia
Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Polícia Civil de Valparaíso e comunicado aos órgãos competentes pela Secretaria Municipal de Educação de Valparaíso.