Com dívida impagável e precisando de investimentos, estatal de energia será privatizada no dia 4
O governo do Distrito Federal derrotou na Justiça, de uma só vez, oito políticos da posição ao governador Ibaneis Rocha (MDB), incluindo os três senadores e deputados, que tentaram medida liminar para suspender o leilão da CEB Distribuidora, empresa de energia que deve ser privatizada em 4 de dezembro.
O leilão da CEB estava marcado para 27 de novembro, mas foi remarcado para o dia 4, com lance mínimo de R$ 1,424 bilhão. Mas o governador Ibaneis Rocha espera que a empresa seja arrematada no mínimo por R$2bilhões, que ele pretende investir em obras para beneficiar a população.
A decisão foi do juiz Paulo Afonso Cavichioli Carmona, da 7ª Vara Vara da Fazenda Pública do DF, que negou o mandado de segurança pretendido pelos senadores Leila Barros (PSB), Antônio Reguffe (Rede) e Izalci Lucas (PSDB), além de deputados federais como Paula Belmonte (Cid) e Erika Kokai (PT) e distritais.
A empresa estatal agoniza diante da necessidade de investimentos e com um endividamento que se aproxima de R$1 bilhão, com o acionista majoritário governo do Distrito Federal com a capacidade exaurida não apenas para promover os investimentos necessários, como também para pagar as dívidas da empresa.
Depois de considerada décadas atrás “empresa modelo” de distribuição de energia, a CEB foi listada pela agência reguladora Aneel entre as piores do País, em razão dos desacertos de sucessivas diretorias e do impressionante volume de regalias pagas aos funcionários, ao custo mensal que chegou a R$67 milhões.
Na CEB foi criada uma das regalias mais impressionantes do setor público brasileiro; o “auxílio babá”, no valor de R$1.200, pago até o início da idade escolar do filho do funcionário, quando mudava de nome, para “auxílio escolar”, pago ao “dependente” até os 24 anos de idade. (Diário do Poder)