ONDE ESTÁ A HIDROXICLOROQUINA?

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Em São Paulo cidadãos tomam Dipirona e Flanax devido à falta do remédio nas farmácias. Em Brasília não há previsão de quando terá à venda no mercado.

 

O tempo passa, casos de Covid-19 crescem, pacientes precisam se medicar e onde está a hidroxicloroquina? Nas farmácias em Brasília, o remédio mais procurado no momento continua um fantasma nas prateleiras. Temos informações de que em São Paulo, na falta de hidroxicloroquina nas farmácias, cidadãos infectados tomam Flanax e Dipirona.

 

De quatro grandes redes pesquisadas pela reportagem que atendem Brasília, apenas uma realiza o cadastro dos interessados para reservar. Todos aguardam avidamente as duas toneladas de comprimidos que o presidente dos EUA, Donald Trump, mandará e sabe-se lá quando chegará.

Caso não saiba a hidroxicloroquina, segundo farmacêutico consultado só é colocada no mercado na dosagem 400 mg. A secretaria da Saúde do Governo do Distrito Federal tem dosagem de 150 mg. O preço encontrava varia de R$ 78,79 a R$ 85,70 a embalagem com 30 comprimidos.

O preço mais alto correspondeu ao Reuquinol 400 mg a R$ 85,70. Também utilizado para malária e lupus. E a procura para o combate dessas doenças não caiu, pelo contrário. As pessoas chegam nas farmácias e têm que voltar para casa sem o medicamento.

Em uma das redes, o máximo que oferecem é solicitar aos clientes se cadastrarem e reservar para quando chegar aos estoques.

O que se sabe é que quando chegar ao varejo, será em uma segunda fase da distribuição.

No dia 31 de maio, os Estados Unidos enviaram dois milhões de doses de hidroxicloroquina ao Brasil, anunciou a Casa Branca neste domingo. De acordo com a Agência France Press (AFP), o presidente garantiu que também enviaria 1 mil respiradores.

Primeiramente os comprimidos serão distribuídos para a rede saúde pública. Ministério da Saúde do Brasil recomendar seu uso para todos os pacientes de COVID-19, inclusive casos leves.

Quando chegar a hidroxicloroquina dos EUA ao Brasil, primeiramente, o remédio será encaminhado ao Exército. Já as redes de farmácias estão na expectativa da chegada do remédio sem previsão para quando isso ocorrerá. Segundo o presidente Donald Trump, a remessa de hidroxicloroquina “será usada como profilática para proteger enfermeiros, médicos e profissionais de saúde no Brasil do vírus. Também terá um uso terapêutico para tratar brasileiros infectados”.

Quando chegará a hidroxicloroquina dos Estados Unidos. É uma pergunta que não quer calar.

Flanax e dipirona

Dois pacientes de Covid-19, moradores de São Paulo, que preferiram não ser identificados, contaram que após procurarem e não encontrarem remédios com hidroxicloroquina, estão tomando Flanax e Dipirona para tratamento dos sintomas, que ainda são leves.

Esses pacientes estão inconformados pelos medicamentos serem ministrados por médicos e não haver no mercado.

E, pior, deverá ser assim por um bom tempo, continuarão a ficar no vácuo.

Entramos em contato com o Ministério da Saúde para questionar:

No dia 31 de maio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que enviaria
ao Brasil duas toneladas de comprimidos de hidroxicloroquina.

1 – Quando chegará ao Brasil a carga com o medicamento?
2 – Qual a especificação em miligramas, 150mg ou outras dosagens?
3 – Trata-se de doação do governo dos Estados Unidos, como ajuda humanitária?
4 – Se não, qual custo será pago pelo governo brasileiro?
5 – Qual será o critério para distribuição. Será, primeiramente, para as Forças Armadas e
SUS e depois para os civis?
6 – Onde a população poderá ter acesso e receber, gratuitamente, os comprimidos de
hidroxicloroquina?

7 – Quais as quantidades já distribuídas na rede de saúde pública em Brasília e no Brasil até dia 11/06/2020?
8 – O governo de Rondônia tem realizado testagens e fornecido kit com hidroxicloroquina e
azitromicina para aqueles que testam positivo para Covid-19. Por que o procedimento não é adotado como padrão? Claro que há as precauções necessárias para a distribuição desse kit e recomendações de uso. Poderia ser implementado em todos os estados?
9 – Há falta de kits de testagem rápida e de remédios com princípio ativo da cloroquina?
10 – O Ministério da Saúde aprova esse procedimento colocado em prática pelo governo de
Rondônia? Quais os resultados analisados pelo Ministério da Saúde sobre a distribuição do
kit? São satisfatórios ou não? Há o entendimento de que, realmente, a distribuição de kits
esvazia os postos de saúde e hospitais de campanha? O paciente sintomático vai se tratar
em casa? Qual a estratégia de acompanhamento? Esse é o empecilho? Se não, quais os
problemas divisados para não fazer a distribuição dos kits com hidroxicloroquina e
azitromicina?

O e-mail foi enviado à assessoria de comunicação do Ministério da Saúde no dia 11 de junho. Não houve resposta da pasta até a conclusão da reportagem.

 

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