O Sistema S do Rio pós-delação de Orlando Diniz

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Por Fabio Leite

 

A delação premiada de Orlando Diniz (foto), o ex-presidente da Fecomércio do Rio de janeiro, resultou nas denúncias da Lava Jato contra advogados renomados acusados de integrarem um esquema de desvio de dinheiro do Sistema S, mas pouco impacto provocou no comando da entidade que administra esses recursos.

O atual presidente da federação, Antônio Florêncio de Queiroz Junior, era o vice de Orlando Diniz quando ele foi preso, no início de 2018, e integrava a diretoria que foi condenada pelo Tribunal de Contas da União a devolver mais de 58 milhões de reais aos cofres do Sesc e do Senac estaduais por um convênio considerado ilegal.

Queiroz também nomeou como seu assessor na presidência da Fecomércio um funcionário que foi preso junto com Orlando Diniz sob a acusação de obstrução de Justiça. Marcelo Novaes continua atuando junto à cúpula, inclusive como porta-voz da entidade no Rio.

A atual composição política na entidade garantiu até espaço no Sesc fluminense para uma aliado de José Roberto Tadros, presidente da Confederação Nacional do Comércio, a CNC, com quem Orlando Diniz travou uma disputa pelo controle da entidade no passado.

Mesmo condenado pelo TCU, Tadros permanece com enorme influência sobre federações e retaliando adversários.

Na semana passada, os presidentes da Fecomércio em Sergipe e Santa Catarina conseguiram uma liminar da justiça para anular inquéritos abertos pela CNC contra eles depois que denunciaram supostas irregularidades da atual gestão de Tadros ao TCU.

Todas as ações penais e investigações envolvendo corrupção no Sistema S do Rio estão paralisadas desde o início do mês por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

A decisão beneficiou, entre outros réus e denunciados, os advogados do ex-presidente Lula e Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro. Todos foram destinatários de milhões de reais do Sistema S, que receberam verba pública por meio de contratos de advocacia da Fecomércio considerados fraudulentos pela Lava Jato. Eles negam as acusações.

 

Fonte: Crusué

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