O poder transformador do artesanato

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

Conheça a história de Carlos Fabrício, exemplo de como o empreendedorismo social pode realizar sonhos e ajudar a comunidade

O artesanato brasiliense está ganhando um novo impulso e vem se consolidando como uma importante fonte de renda, geração de emprego e oportunidades para milhares de famílias no Distrito Federal. A valorização é resultado de ações integradas do atual Governo que, por meio da Secretaria de Turismo (Setur-DF), desde 2019, vem trabalhando para oferecer mais oportunidades aos talentos da cidade, como a disponibilização de espaços para a comercialização dos produtos, chances de qualificação, visibilidade e a Carteira Nacional do Artesão, que habilita este trabalhador legalmente em todo o Brasil. O documento oferece ainda a possibilidade de participação em eventos locais, nacionais e internacionais. De acordo com a Setur-DF, entre 2019 e 2020, a pasta já emitiu 1.466 Carteiras e renovou 725. Foram 45 eventos fomentados apenas em 2019 e mais de 30 em 2020, além da oportunidade de comercialização nas lojas permanentes: uma localizada no Alameda Shopping e outra no Pátio Brasil. Ações que geraram, nos últimos dois anos, R$ 1.375.660,47 em vendas e beneficiaram mais de cinco mil famílias.

Mas a valorização do artesanato pelo Governo na capital federal vai muito além dos números. Ao observarmos o seu impacto, notamos como esta arte tem o poder de transformar vidas e contar histórias que nos emocionam. Um exemplo é o trabalho que a Setur-DF está realizando no Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Granja das Oliveiras, no Recanto das Emas, local em que o artesanato, ao chegar, descobriu um talento que até aquele momento não havia sido revelado.

Esta é a história de Carlos Fabrício Domingues da Silva, 35 anos. Nascido em Montes Claros (MG) e recém chegado a Brasília, ele encontrou na arte a esperança de uma vida melhor. “Sempre tive disposição para trabalhar, mas nunca oportunidade. E quando eu cheguei a Brasília, eu não sabia nada sobre o artesanato, mas fui aprendendo com os moradores de rua. Primeiro eu aprendi a fazer flores de lótus e comecei a sair vendendo para fugir da fome. Mas há um mês, quando eu tive a oportunidade de conhecer a secretária de Turismo Vanessa, tudo mudou. Ela viu que meu trabalho tinha futuro, me apresentou a sua equipe, a minha professora, e agora estou esforçando para aprender muito mais coisas”. De olho no futuro, ele comemora. “Uma nova porta se abriu em minha vida e me mostrou um mundo novo que eu não conhecia. Me senti gente pela primeira vez”, revela Fabrício, que já está ensinando o novo ofício aos colegas do abrigo. “Eu vejo meus amigos admirando o que eu faço e eu também quero ensinar. De graça eu aprendi, de graça vou passar pra frente. É uma oportunidade de trabalho”, afirmou o aprendiz, que já faz chapéus, flores, porta guardanapos, sousplat, entre outros objetos decorativos.

A história de Carlos é um exemplo de como o empreendedorismo social pode se destacar dentro do artesanato e ajudar a comunidade. “O Carlos é um aprendiz de muito talento e o que estamos fazendo é lapidar esse conhecimento. Ele já trabalhava com palha, mas precisava encontrar um ponto mais firme do acabamento. Também definimos os materiais de uso. Escolhemos, por agora, trabalhar com a bananeira, por ser uma fibra resistente, de fácil manuseio e fácil de encontrar. E como a intenção com este trabalho social é o repasse do saber aqui dentro do abrigo, a folha de bananeira tem outra vantagem: é uma matéria-prima que pode ser trabalhada com divisão de tarefas, criando uma cadeia produtiva em série. Assim, todos têm a oportunidade de aprender”, afirma Roze Mendes, Mestre artesã da Setur-DF.

O psicólogo do abrigo, Matheus Aguiar Carvalho, reforça a importância da iniciativa. “O trabalho da Secretaria de Turismo com o artesanato é um recomeço para muitas pessoas. No caso do Carlos e os demais que estão aqui, é uma oportunidade para eles saírem da situação de vulnerabilidade e terem, de fato, uma renda. O início de algo que é deles”, disse.

“O que o nosso Governo vem buscando, desde o início dessa gestão, é oferecer oportunidades de trabalho a nossa população. E o artesanato tem o poder de revelar talentos. Não é assistencialismo. O que fazemos, por meio da nossa Secretaria, é oferecer recursos para incluir os nossos artesãos na cadeia produtiva, oferecendo a eles os mecanismos necessários para a geração de renda. E quando conseguimos ainda realizar sonhos e promover a esperança de uma vida melhor, fazendo a diferença para tantas famílias, é muito gratificante. Temos a certeza de que estamos no caminho certo”, concluiu a Secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça.

Mais lidas

Projeto Na Sua Hora leva serviços públicos...
Governo de Goiás age com firmeza contra de...
Vila Sertões abre em Goiânia com atrações ...
...