O importante é se vacinar seja qual for a marca do imunizante e tomar a segunda dose, diz Okumoto

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O importante é se vacinar seja qual for a marca do imunizante e tomar a segunda dose, diz Okumoto. A secretaria quer imunizar 41 mil pessoas a partir de 22 de abril até o início de maio

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal fez apelo para as pessoas que ainda não tomaram a segunda dose que procurem tomar para garantir a imunização com maior segurança.

Durante entrevista coletiva nesta tarde de segunda (19), no Palácio Buriti, os secretários de Saúde, Osnei Okumoto e da Casa Civil, Gustavo Rocha fizeram um balanço das ações no incessante combate ao Covid-19. O recado mais importante é se vacinar seja qual a marca que tiver no posto e procurar completar com a segunda dose o processo de imunização, cujo número de pessoas que ainda não compareceram aos postos ainda está alto.

Okumoto informou o quantitativo de doses aplicadas e as restantes tanto da CoronaVac quanto da AstraZeneca. Ele ainda esclareceu que ambas vacinas tem provocado reações quase similares e o recado é vacinar com a que tiver no posto de vacinação, após notar que há pessoas que tentam escolher por marca de laboratório.

E em relação aos hospitais de campanha, a vistoria e a análise das condições das instalações estão em fase de concretização, restando alguns detalhes a serem corrigidos pela empresa licitada.

Os dados do boletim do monitoramento diário da Secretaria de Saúde formam a base de dados para que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, possa tomar decisões no combate ao Covid-19. Hoje, são 366.708 pessoas contaminadas com o vírus. E 348.450 recuperados e 11.053, hoje ativos. Segundo Rocha, esse número vem caindo ao longo da semana. Os casos ativos, por exemplo, chegaram a 17 mil os casos ativos no momento mais agudo da pandemia.

A lista de espera por leitos Covid vem caindo, já foram mais de 330 pessoas na lista e atualmente, são 162 pessoas aguardando leitos, que estão sendo atendidas e estão ocupando os leitos à medida que vão surgindo vagas.

Rocha destacou que a quantidade de oxigênio em estoque e a quantidade de kit de intubação são suficientes. Em outros estados tem ocorrido informes de que em 48h deverão não ter mais os kits intubação. “Aqui temos uma estoque para mais de 60 dias. Há oxigênio suficiente para quem vir a precisar. Espero que seja um número menor de pessoas, mas esses insumos estão disponíveis na rede de saúde.”

O chefe da Casa Civil aproveitou a entrevista coletiva para fazer um “chamamento”.  O público-alvo de 64 e 65 anos era de 40 mil pessoas. Sexta, sábado e domingo foram vacinadas 22.729 pessoas. Esse número foi aquém do que vinha ocorrendo nas vacinações da faixa etária pouco mais elevada. Foram vacinadas no final de semana pouco mais de 50%. Há duas vacinas disponíveis no Brasil e no DF, a CoronaVac e a AstraZeneca. Ambas são duas doses. A CoronaVac de 14 a 21 dias e a AstraZeneca de 90 dias de intervalo entre a D1 e a D2. A maior quantidade de doses que chegou ao DF foi de CoronaVac. Na última remessa recebida na semana passada veio quase em sua integralidade de AstraZeneca.

“Percebemos que parte da população tem resistência em tomar essa vacina. É importante destacar que as duas vacinas são de alta qualidade. A AstraZeneca na primeira dose já traz uma quantidade de 72%. É importante que todos aqueles que estejam dentro do público-alvo da sua faixa etária e das prioridades procure o posto para que sejam corretamente imunizados (com a segunda dose).

Rocha reforçou que é necessário imunizar o maior número de pessoas no menor tempo possível. “A segunda dose da AstraZeneca terá vacinação com início dia 22. Ambas são seguras e só as pessoas estarão imunizadas com a segunda dose. E aqueles que ainda não se vacinaram, por favor procurem o ponto de vacinação”, convidou o secretário da Casa Civil.

Com relação a pessoas que estão vindo tomar a segunda dose no DF de outras estados. Rocha reforçou que o SUS é universal e não há intenção de impedir que outras pessoas que venham tomar a primeira dose continuem tomando a segunda no DE.

“Salvo se percebermos que está causando problema ou prejuízo para a população local. Quanto à segunda dose é uma situação diferente. As vacinas chegam já direcionadas para um público específico e aqueles que tomaram a primeira dose têm a segunda dose garantida. Já as pessoas que tomaram a D1 em outros estados começarem a tomar a D2 aqui essa paridade primeira e segunda dose irá quebrar.”

O secretário informou que para evitar problemas a Secretaria de Saúde irá vacinar aqueles que tiveram a carteira e vacinação do DF. Se tiverem carteiras de outros estados e tomaram a primeira dose em outro estado isso será considerado pela Secretaria de Saúde. Isso porque é feita uma programação para a segunda dose logo em seguida a primeira dose. Como a falta de D2 pode comprometer o processo de imunização completo é preciso controlar para que ela não falte.

Hospital de Campanha

Os hospitais de campanha foram entregues provisoriamente na sexta passada. Okumoto alertou que seria feita uma vistoria e análise das instalações. Foram detectados alguns problemas simples, tais como vedação de pia, localização de uma porta em lugar equívoco. A entrega dos hospitais ocorrerá após as respostas do que foi encontrado fora do padrão e o atendimento completo dos requisitos no edital.

As empresas que concorrem na licitação encontra-se em fase final. A previsão é de que ocorra o efetivo funcionamento da unidades antes do final de abril.

Grupo de risco

Rocha enfatizou que vários infectologistas, nos últimos dias tem asseverado que não há mais grupos de risco como no início da pandemia. Todos estão no grupo de risco único. Na primeira onda do Covid-19 eram idosos, portadores de comorbidades porque estão mais suscetíveis a ficarem em situação grave ao serem infectados.

Hoje o panorama mudou. A principal variante no DF é a P1 de Manaus. Cada vez mas jovens estão infectados, apresentando sérios sintomas e estão procurando hospitais para serem internados.

Atualmente, 31.9% das internações são de pessoa até 49 anos. Nos últimos sete dias, pessoas de 14 a 29 anos foi registrado um amento de 6,7%. E de 30 a 39 anos houve um aumento de 4,5%. Portanto todos estão enquadrados em um único grupo de risco. Urge manter isolamento social, higienizar as mãos com álcool em gel ou água e sabão, uso de máscaras para que se a sociedade possa passar por essa fase e retornar ao mais próximo da normalidade possível.

Doses entregues e restantes

Okumoto informou dados importantes para prestar contas à população. Até o dia 19 de abril 712.310 vacinas, sendo 537.560 da CoronaVac e 175.750 da AstraZeneca. Desse total 414.630 correspondem a primeira dose e 297.680, segunda dose. Faltam receber no DF 24.710 doses de CoronaVac e 47.740 de AstraZeneca. Com esse somatório será possível completar a paridade em relação a primeira e segunda doses.

Na faixa de 64 e 65 anos há 40 mil pessoas no DF. E só 22.729 receberam a vacina na primeira dose. O governo quer vacinar as pessoas e dar oportunidade para que todos possam ser vacinados, uma vez que está disponível quantitativo de vacinas suficiente para tanto, segundo Okumoto.

Na rede de frio, hoje, há armazenadas 6.220 doses para a primeira aplicação e 79.670 para a segunda. Isso quer dizer que durante todo o período que se vem fazendo a vacinação, no caso da AstraZeneca, três semanas para fazer a segunda dose  e para CoronaVac de 14 a 28 dias. “Todas essas doses estão armazenadas, garantidas a todo cidadão que recebeu a primeira dose no DF.”

Até domingo último, foram vacinadas 22.729 pessoa para a primeira dose e 12.413 pessoas receberam a segunda dose. Okumoto relatou que no final de semana, notou novo comportamento das pessoas que se dirigiam aos pontos de vacinação.

“Muitas pessoas chegavam a uma sala de vacinação ou drive thru e perguntava qual era a vacina que estava sendo utilizada. Muitas vezes, quando a gente dizia que era AstraZeneca a pessoa desistia de receber a vacina, ia embora, dizendo que iria aguardar a chegada de novas doses. Como se chegasse uma outra marca”, explicou o secretário.

Ao longo do período de vacinação foram registrados 1.495 efeitos adversos, ou seja, conjunto de reações à vacina. Do total, 995 foram de CoronaVac e 500 de AstaZeneca. Entre os sintomas relatados estão febre, dor no corpo entre outros sintomas. Vale lembrar que a vacina que tiver é a mais importante. Não se deve escolher vacina.

No caso da CoronaVac, os sintomas após serem tomadas as vacinas foram dor de cabeça, dores musculares, diarreia, reação local da aplicação, febre e uma reação alérgica. Quanto à AstraZeneca, a primeira reação foi dor de cabeça, dor muscular, febre, reação local e diarreia. Na segunda vacina não foi acusada reações de hipersensibilidade local. Não tiveram reações alérgicas.

Okumoto explicou que muitas pessoas estão preocupadas com reações tromobóticas e essa é uma das que não foram observadas como reação da vacina, dentre as encontradas num levantamento da Secretaria da Saúde.

“Queremos dizer às pessoas que não deixem de vacinar. A vacina é muito mais importante do que qualquer tipo de reação adversa que venha a acontecer pela sua utilização. Temos aí um período ainda grande em que a gente tem esse quantitativo de doses para completar 40 mil, de 22.700 para 40 mil são praticamente 7 mil doses a serem aplicadas”, convocou Okumoto.

Assim, de acordo como secretário, ele espera que as pessoas se dirijam às unidades de vacinação, recebam a segunda dose. Tem que apresentar a carteira de apresentação da primeira dose do DF para que a gente possa garantir a segunda dose em todas as pessoas que receberam a primeira dose no DF.”

Cirurgias eletivas

O secretário da Saúde também acrescentou que as cirurgias eletivas estarão sendo suspensas até os hospitais de campanha voltarem a funcionar. E em relação aos convocados aposentados para que possam ser contratados, nessa segunda-feira já começaram a chegar afim de integrarem a equipe da Secretaria de Saúde. Tantos os aposentados militares, quanto os da Secretaria, que se inscreveram serão convocados e posteriormente contratados.

O secretário de Comunicação do Distrito Federal, Weligton Moraes participou da entrevista coletiva.

Fotos: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

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