The Cal: assim que é conhecido o mais famoso calendário do mundo. Simplesmente

Kate Moss, 2006 (Mert Alas & Marcus Piggott/Reprodução)
A ideia era inovadora: oferecer um calendário surpreendente para presentear os revendedores de pneus da marca italiana. Era início dos anos 60, quando os cabelos dos garotos eram compridos e as saias estavam cada vez mais curtas, época que ficou conhecida como Swinging London, ou Singing London. É significativo que a primeira edição tenha sido encomendada a Robert Freeman, o fotógrafo que transformou a imagem dos Beatles.
Naomi Campbell, 1995 (Richard Avedon/Reprodução)
De lá para cá, a elite dos fotógrafos de moda se alterna ano a ano, de Richard Avedon a Helmut Newton, com presença de fotojornalistas do tamanho de Steve McCurry e artistas de outras arenas, a exemplo de Allen Jones e Karl Lagerfeld. Profissionais de habilidades distintas, com apenas uma coisa em comum: a liberdade de trabalhar.
Rose Huntington-Whiteley, 2010 (Terry Richardson/Reprodução)
“Damos a eles o controle criativo para expressar sua visão de mundo, de estilo, mostrar sua visão da evolução da sociedade. Eles são convidados a fazer do calendário uma celebração – e fazem”, escreveu o chairman da empresa, Marco Tronchetti Provera, no livro comemorativo dos 50 anos do calendário.
Sophia Loren, 2007 (Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin/Reprodução)
Sem contar Gisele, Adriana, Kate, Cindy etc., modelos e atrizes tão célebres que podem ser chamadas apenas pelo nome. Tive o privilégio de participar do lançamento da mais recente edição, em dezembro do ano passado, em Paris. O evento movimentou a cidade e em meu próprio hotel, ao me verem carregando o calendário com mais de 1 metro de altura, recebi mais de uma oferta para vender meu exemplar – sim, os livros têm edicão limitada e levam número de série.
Julianne Moore, 2011 (Karl Lagerfeld/Reprodução)
Numa bela jogada de marketing (mais uma), a Pirelli batizou o calendário de, simplesmente, The Cal. Nothing else. A fabricante de, veja bem, pneus conseguiu um feito: criar uma obra de arte cobiçada e admirada, que conta, em imagens que celebram a beleza, a estética, o comportamento, os valores da nossa sociedade década a década. Não é pouca coisa.
Kate Moss, 1994 (Herb Ritts/Reprodução)
Kate Moss, 2006 (Mert Alas & Marcus Piggott/Reprodução)
Cindy Crawford, 1994 (Herb Ritts/Reprodução)