Novo depoimento de Anderson Torres à Polícia Federal sobre tentativa de golpe

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Revelações chocam o país e aprofundam investigação sobre suposta tentativa de golpe

 

 

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, está previsto para prestar um novo depoimento à Polícia Federal, em meio às recentes revelações feitas por representantes das Forças Armadas. A decisão de seu depoimento foi informada por sua defesa, após ele ser citado como responsável por fornecer “suporte jurídico” à suposta tentativa de golpe liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

O advogado de Torres refutou veementemente as acusações, negando qualquer participação do ex-ministro em reuniões que discutiam medidas antidemocráticas. Torres foi mencionado em dois depoimentos divulgados recentemente, após o ministro Alexandre de Moraes retirar o sigilo das informações obtidas pela PF. Segundo os agentes, esses dados indicam a participação direta de Bolsonaro na elaboração de documentos de teor antidemocrático.

 

Em uma entrevista à CBN, a advogada criminalista Beatriz Alaia Colin comentou sobre a gravidade das revelações, mas indicou que, por enquanto, não se pode antecipar um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente.

 

Nos depoimentos divulgados, o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, relatou que Bolsonaro discutiu possíveis cenários para um golpe. Ele mencionou a utilização de “institutos jurídicos” para abrir espaço a um decreto de Garantia da Lei e da Ordem, visando a impedir a posse do presidente Lula.

 

Freire Gomes lembrou ter participado de reuniões no Palácio do Alvorada, a convite do então ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira. Durante esses encontros, o assessor especial da Presidência, Filipe Martins, teria lido trechos de uma minuta com propostas golpistas, similar à encontrada na residência de Anderson Torres.

Outro depoimento relevante foi o do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Junior, que afirmou que Bolsonaro tinha conhecimento de que não havia fraudes no sistema eleitoral, mas mesmo assim lançava dúvidas sobre a votação. Ele também relatou que Freire Gomes chegou a ameaçar Bolsonaro de prisão caso ele continuasse com o plano de golpe.

 

Para Acacio Miranda Filho, doutor em Direito Constitucional, Bolsonaro não dispunha de fundamentos que justificassem a declaração de um Estado de Sítio, explicando que tal medida não é automática.

 

Baptista Junior também mencionou o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, que teria ficado surpreso ao saber da recusa de militares em participar do suposto golpe de Estado. Outros oficiais, como o então comandante da Marinha, Almir Garnier, teriam indicado disposição para colaborar, embora tenham se recusado a responder às perguntas da PF.

 

Em resposta, a defesa de Bolsonaro negou qualquer envolvimento em tentativas de golpe, afirmando que ele nunca compactuou com movimentos que não estivessem respaldados pela lei.

Mais lidas

Projeto Na Sua Hora leva serviços públicos...
Senac debate nova unidade em Planaltina em...
Adasa fortalece transparência ao aderir ao...
...
Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.