Hasselmann preveniu que povo irá se lembrar de quem votará contra reforma da Previdência. Votação de pedido para retirar a PEC de pauta derrotado por 331 votos a 117 foi revelador
A sessão da Câmara dedicada a debater a proposta que altera o regime de aposentadorias foi encerrada na madrugada desta quarta (10). O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concluiu a fase de discussões e propôs que a medida seja votada no início da manhã, a partir das 9h.
Os parlamentares começaram a debater a PEC por volta das 21h desta terça (9). Logo no início, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) apresentou um requerimento para retirar a medida da pauta. “É o texto mais cruel que já transitou nesta Casa”, criticou, da tribuna.
O pedido foi derrubado pelos parlamentares por 331 votos a 117. Foi o suficiente para parlamentares aliados ao governo ficarem mais otimistas com a possibilidade de governo obter mais que os 308 apoios necessários para impor derrota á oposição no plenário.
Outro recurso, apresentado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), pedia que o texto da reforma fosse votado artigo por artigo no plenário da Câmara, mas foi desconsiderado.
Quórum recorde
A sessão também foi uma das mais cheias do ano na Câmara: 505 deputados registraram presença no plenário.
“O povo vai se lembrar”
Já a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), defendeu o texto dizendo que a aprovação atrairia o apoio da população. “Milhões de pessoas foram às ruas pedir a reforma. Quem votar contra, será penalizado pelo povo. Quem votar a favor, vai ser ovacionado, o povo vai se lembrar”, argumentou.
Pouco depois das 0h30 de quarta, no entanto, Rodrigo Maia decidiu encerrar a sessão, colocando em votação um requerimento para finalizar o debate. O pedido foi aprovado por 353 a 118 votos.
Uma vez aprovada no plenário, a reforma da Previdência será votada novamente pelos deputados e, em seguida, encaminhada para o debate no Senado. Lá, a expectativa é de que o trâmite será rápido, segundo aliados do governo.
Redação