Veículos são incendiados em Natal, e PM vê relação com facções

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Dezessete ônibus e um carro do governo do Rio Grande do Norte foram queimados na tarde desta quarta-feira em Natal (RN). Diante dos ataques, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário potiguar e as empresas de ônibus decidiram retirar os veículos das ruas e levá-los às garagens. Natal vive uma crise no sistema penitenciário após uma rebelião que matou 26 pessoas na Penitenciária de Alcaçuz, na Região Metropolitana, no último sábado. A Polícia Militar informou que os crimes têm relação com a disputa entre as facções criminosas.

De acordo com o tenente Emerson Menezes, do 1º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento na Zona Leste da cidade, o carro a serviço do governo teve um princípio de incêndio após criminosos abordarem o veículo e expulsarem o motorista. Segundo o oficial, testemunhas informaram que os suspeitos pareciam menores de idade. Quatro deles foram presos pela PM.

O ataque aconteceu no bairro Mãe Luiza, onde 30 minutos depois, nas imediações da Praia do Meio, um ônibus também foi incendiado. “Cinco suspeitos com rostos cobertos entraram e mandaram o motorista descer, ateando fogo ao veículo na sequência”, diz o tenente.

Doze ônibus foram queimados na garagem da empresa São Geraldo, no bairro Felipe Camarão, e também houve incêndios nos bairros Vale Dourado, Brasília Teimosa, Parque dos Coqueiros e Bela Vista, este na cidade de Parnamirim, região metropolitana de Natal.

A Secretaria de Segurança Pública se reunirá na noite de hoje com o sindicato dos rodoviários e as empresas de ônibus para definir como será a circulação do transporte público amanhã.

Os incêndios criminosos, de acordo com a polícia, teriam relação com a disputa entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime (SDC), facção potiguar rival e aliada ao Comando Vermelho.

“Eles fazem isso para demonstrar poder de fogo e para intimidar. Mas a PM está na rua e vamos prender esses criminosos”, informou Menezes. Questionado se o ato teria relação com a briga em Alcaçuz, o tenente disse que “está tudo ligado”.

Em frente à penitenciária, no início da noite, mulheres protestavam contra a suposta transferência de membros do Sindicato do Crime para outra unidade, pedindo que fossem removidos os integrantes do PCC.

Elas chegaram a colocar fogo em entulhos na frente do presídio e foram dispersadas por policiais militares, que usaram spray de pimenta e dispararam para o alto, e agentes da Força Nacional, que reforçam a segurança do local. Elas repetiam que, caso a transferência se concretizasse, Natal iria viver uma noite de ataques perpetrados por membros do Sindicato do Crime que estão fora das cadeias.

A facção é apontada como a responsável por 108 ataques, entre eles incêndios contra veículos, em 38 cidades do Estado entre julho e agosto do ano passado em reação à instalação de bloqueadores de sinal de celular na Penitenciária de Parnamirim, na Grande Natal.

(com Estadão Conteúdo)

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