Depois de tentar impor restrições, presidente do STF foi acompanhado apenas pelo ministro Marco Aurélio.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, foi o primeiro a votar e tentou impor restrições ao compartilhamento de dados sigilosos, sem autorização judicial, entre órgãos como Receita Federal, Unidade de Inteligência Financeira (UIF), Banco Central e Ministério Público Federal (MPF) em consequência de investigações de possíveis crimes.
O que se viu a seguir, desde o início da semana, foram votos a favor do compartilhamento, considerado essencial para o bom andamento das investigações.
Segundo a votar, o ministro Alexandre de Moraes abriu divergência para garantir o acesso sem limitações a dados solicitados ou que ativarem alertas nos referidos órgãos por entender que o envio total é constitucional e não se trata de quebra ilegal de sigilo fiscal.
As informações financeiras são usadas pelo MP para investigar casos de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e movimentações financeiras de organizações criminosas.
O entendimento foi confirmado a seguir pelos ministros Edson Fachin, Luis Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Apenas o ministro Marco Aurélio votou com base no entendimento de Toffoli. Vota agora o ministro Celso de Mello, decano do STF.