A mulher de 26 anos suspeita de sequestrar um bebê de 12 dias em um hospital de Brasília, nesta terça-feira (6), enviou uma série de mensagens de celular ao marido para informar do “parto” da criança. A conversa foi obtida pela Polícia Civil do Distrito Federal e anexada à investigação (veja imagens ao longo desta reportagem).
O crime aconteceu na manhã de terça e o bebê foi resgatado quase 24 horas depois, na manhã desta quarta (7). Nas mensagens, segundo a Polícia Civil, a suspeita se passa por uma amiga para informar da consulta médica, do rompimento da bolsa e do nascimento da criança, “de parto normal”. Nenhuma das informações era verídica.
Por volta das 13h03, quando o sumiço do bebê já tinha sido detectado, a suposta amiga escreve que a bolsa com o líquido amniótico havia estourado. Segundo o texto, elas aguardavam o momento do parto no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), localizado na Asa Sul. Ela diz, ainda, que avisaria quando o bebê nascesse.
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Prints mostram conversa de suspeita de sequestro (fundo branco) e esposo (fundo verde), no dia do crime (Foto: WhatsApp/Reprodução)
A conversa continua por volta das 14h45, mais de duas horas após a direção do Hran ser informada do desaparecimento da criança. Nas mensagens, a “amiga” da suspeita dá parabéns ao homem, e diz que o bebê nasceu com 3 kg e passa bem.
“Parabéns papai. Seu filho nasceu. Nasceu com 3 kg. A mamãe está bem tbem. […] Nasceu de parto normal. Só esperando para mandar a foto”.
Sem visitas
Em vários momentos, o homem pergunta se pode visitar a família e se a mãe precisa de alguma ajuda. A resposta é negativa, e a interlocutora diz que “provavelmente amanhã eles estão em casa”.
Pela conversa, é possível perceber que o marido da suspeita estava trabalhando no momento da troca de mensagens. Ele pede para ser mantido informado e, em seguida, avisa que irá até a maternidade. “Mais tarde vou aí mais [sic] meu primo”.
A mulher nega o pedido. “Não pode entra [sic]. Só amanhã”.
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Prints mostram conversa de suspeita de sequestro (fundo branco) e esposo (fundo verde), durante o dia do crime (Foto: WhatsApp/Reprodução)
A primeira foto da criança sequestrada é enviada pelo aplicativo às 15h17. Cerca de duas horas depois, o marido volta a perguntar se precisa levar algo ao hospital, e ouve nova resposta negativa. Em áudio, a mulher diz que precisará apenas de talco, quando voltar para casa.
As últimas mensagens registradas pela Polícia Civil foram às 23h03 desta terça. Naquele momento, a suspeita já tinha sido identificada, e equipes da Polícia Civil faziam buscas na casa da família, no Guará II.
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