O atual mandatário da pasta foi escolhido pelo ministro Sergio Moro
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (04/08), que o ministro Paulo Guedes (Economia) tem carta branca para trocar o comando do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf ).
“Dei carta branca a todos os ministros para indicar as pessoas e eu tenho poder de veto. O Coaf, na medida provisória da reestruturação, estava com a Justiça. A partir do momento que vai para a Economia, o Paulo Guedes que define. Ou alguém está desconfiando do Paulo Guedes agora? Não né. Se ele quiser mudar, assim como qualquer um quiser mudar qualquer coisa, mude sem problema nenhum, eu quero que o seu ministério dê certo”, disse.
Segundo auxiliares, o presidente está incomodado com o comportamento do comando do Coaf em relação à decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, de suspender investigações criminais pelo país que usem dados detalhados de órgãos de controle, como Coaf, Receita Federal e Banco Central, sem autorização judicial.
O ministro atendeu a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente, alvo de investigação realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Roberto Leonel chegou ao comando do Coaf pelas mãos do Ministro Sergio Moro, quando o órgão ainda estava sob o seu guarda-chuva na pasta da Justiça.
Na última segunda-feira (29/07), o chefe da pasta da Justiça reuniu-se com Toffoli, no Supremo, para tratar da medida judicial sobre o Coaf. O ministro relatou sua insatisfação e disse que a decisão do ministro pode colocar em risco o combate à lavagem de dinheiro.
Em maio, o Congresso derrubou a MP de reestruturação dos ministérios e tirou a estrutura da Justiça e a transferiu para a pasta da Economia, comandada por Guedes. Ainda assim, Leonel continuou no cargo.
A avaliação de aliados de Guedes é a de que o questionamento sobre a atuação dos órgãos de controle, principalmente do Coaf e da Receita Federal, tem prejudicado o andamento da agenda econômica do governo.
Com informações da Folhapress
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