Para o presidente da Câmara dos Deputados, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, toca no tema AI-5 espanta investidores e gera insegurança na sociedade.
Menção ao AI-5 pelo ministro da Economia, Paulo Guedes gerou crítica disparada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Mais cedo, o titular da pasta declarou que “não se assustarem”, caso alguém defenda AI-5 se houver radicalização nas ruas pelo Brasil.
Também ele afirmou que o projeto do excludente de licitude (quando um policial reage e dispara sem sofrer sansões) teria sido uma resposta ao discurso de retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli deu uma estocada mais cedo em Guedes.
O presidente da Câmara afirmou que ao tocar no decreto AI-5, Guedes “gera insegurança na sociedade e, principalmente, nos investidores”.
“Usar dessa forma, mesmo que sendo para explicar o radicalismo do outro lado, não faz sentido. Por que alguém vai propor o Ai-5 se o ex-presidente Lula, que acho que está errado também porque está muito radical estimula manifestação de rua?”, questiona Maia.
“O que uma coisa tem a haver com outra? Nós vamos estimular o fechamento do parlamento? Dos direitos constitucionais dos cidadãos como o habeas corpus como fez o AI-5? É isso que estamos querendo estimular? Por uma manifestação de rua, a gente fechas as instituições democráticas?”, complementou as indagações o presidente da Câmara.