A política brasiliense e a expressão “não larga o osso” andam de mãos dadas em tempo de pré-campanha. Em meio à tradicional aparição de nomes estreantes, o ressurgimento de outros movimenta o cenário para 2018. O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) é um que tem dividido aliados, principalmente quanto às pretensões e às chances de concorrer devido aos entraves judiciais. Aos que não têm pendências, restam as articulações, que devem ferver a partir do dia 7 de abril, prazo final para as filiações. Enquanto isso, nomes como o de Paulo Roriz (PSDB), Tadeu Filippelli (PMDB), Washington Mesquita (PTB), Geraldo Magela (PT), que já se elegeram no passado do DF, aguardam o fechamento das nominatas para começar, de vez, a corrida eleitoral.
Aliados de Agnelo estão como a maioria: perdidos. Há quem diga que o ex-governador irá concentrar os esforços para a Câmara dos Deputados e quem diga que será para a Câmara Legislativa. Quando lhe perguntam, diz que não será candidato. “Ele ia ser federal, mas mudou para distrital nos últimos dias. No entanto, a preocupação é se conseguirá reverter os processos no TSE”, contou um aliado.
Líder da bancada do PT na Câmara Legislativa, o distrital Chico Vigilante, põe por terra essa afirmação. “Falei com Agnelo e ele disse que se candidatará para federal. É um nome qualificado e ele defenderá a saúde na Câmara dos Deputados. Estamos esperando a decisão da Justiça, mas faremos todo o esforço para a candidatura dele”, comentou Vigilante.
Em dezembro do ano passado, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter a inegibilidade de Agnelo por oito anos na acusação de abuso de poder político e conduta vedada enquanto ocupava o cargo, entre 2011 e 2015, por ter utilizado espaço institucional do governo para fazer propaganda institucional exaltando seu mandato. O ex-governador não atendeu as ligações da reportagem.
O advogado dele, Paulo Machado, afirmou que a justiça está em fase de análise de recurso e que a expetativa é de resultado satisfatório dentro do prazo eleitoral previsto.
Preocupação agora está em articular as chapas
O ex-vice governador do DF, Tadeu Filippelli (PMDB) foi alvo de acusações parecidas com as de Agnelo, mas não foi considerado inelegível. Atual presidente do PMDB no DF, Filippelli abrandou as articulações para se concentrar na construção das nominatas. “O momento é esse, de construção, porque não tem como pensar em articulação política sem os nomes certos. Tudo é muito dinâmico agora”, ponderou o peemedebista.
Outro nome que retorna ao cenário para a esfera federal é Paulo Roriz (PSDB). O tucano será o principal nome da sigla para a vaga.
Foco no legislativo
Depois de analisar convites de outros partidos para a disputa de 2018, o ex-distrital e ex-tucano Washigton Mesquita decidiu ficar no PTB para brigar e ter de volta a cadeira que deixou na Câmara Legislativa do DF. O pré-candidato espera contar com as bases eleitorais do passado e com as mais de 13 mil pessoas que recebeu no antigo gabinete, durante o último mandato. “Resolvi apostar no projeto ao Alírio porque temos que ter alternativa ao GDF e ele é um dos poucos. A partir do dia 16 de agosto é força total para ter o mandato de novo”, afirmou Mesquita.
Das experiências que traz no passado político, Geraldo Magela (PT) resolveu testar sua força em uma pré-candidatura à CLDF, depois de ter a imagem arranhada por desgastes do próprio PT e por envolvimento em supostas irregularidades obras do Setor Habitacional Jardins Mangueiral. Em 2014, Magela concorreu ao Senado, mas acabou em terceiro lugar, com 268.459 votos, superado por Reguffe e Gim Argello.
Saiba mais
– O Partido da República (PR) inaugurou um diretório provisório no Gama no último fim de semana. Muitas pessoas participaram, entre elas o presidente regional do PMDB, Tadeu Filippelli, e o empresário e ex-vice-governador do DF Paulo
– Octávio (PP). Ambos estão com Jofran Frejat (PR). A sinalização foi de uma aliança firme até às urnas.
– A Frente Política Cristã que se forma apoiará Paulo Octávio em candidatura ao Senado Federal e tem ainda PSD, PSDB, PRB, PSC, DC, PMN, DEM e PTB nas negociações.
– A principal expectativa do grupo que abrigará P.O. é consolidar uma chapa capaz de derrubar as movimentações do governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB).
– Paulo Octávio já foi deputado federal por três mandatos e uma vez senador, quando se elegeu ao lado de Cristovam Buarque. Deixou o mandato para ser vice no governo Arruda.
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