Rapto de um menino recém-nascido é evitado pela equipe obstétrica do HRC

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Conheça a história de um crime envolvendo uma raptora, um bebê e uma mãe, que por pouco não consubstancia em Brasília.

 

Por Josiel Ferreira e Maurício Nogueira

 

O sequestro de uma menina recém-nascida só não foi concretizado porque uma equipe de obstétrica do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) foi, extremamente, profissional, nesta quarta-feira (27).

Madrugada desta quarta-feira (27). Um mãe, Larissa de Almeida Ribeiro deu entrada no Hospital Regional de Taguatinga. Lá foi realizado o parto da filha dela. Após o nascimento, a mãe ficou no setor de obstetrícia. Enquanto a criança foi transferida para a neonatologia.

TudoOK Notícias apurou que logo após a separação de mãe e filho uma mulher entrou no Hospital, e trajando o uniforme de servidora, pegou a bebê e levou-a do hospital.

Pouco mais tarde, ainda de madrugada, o Centro Obstétrico do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) recebeu do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal a informação de atendimento referente a um chamado de uma mulher que relatou um parto domiciliar.

Depois de chegar ao endereço da ocorrência, o Corpo de Bombeiros levou a suposta mãe e a criança para o HRC. A mãe e a criança deram entrada de madrugada no hospital, com a justificativa de que a criança necessitava de cuidados médicos, após o suposto parto domiciliar.

A equipe do Centro Obstétrico do Hospital Ceilândia, que é bastante preparada, foi astuta para descobrir que alguns detalhes não condiziam com a realidade.

Pouco depois, as suspeitas foram confirmadas. Ao examinar, cuidadosamente, a mãe e a criança, a equipe de profissionais altamente qualificada notou, primeiramente, não se tratar de mãe que tinha acabado de ter um parto. Ou seja, a mãe não estava com as características básicas de uma mãe em estado pós-parto.

A equipe, prontamente, percebeu a situação. Por exemplo, notou que a criança não possuía sinais de que nascera por meio de parto domiciliar. Além disso, a recém-nascida apresentara vestígios de que havia recebido atendimento médico. A essa altura dos acontecimentos, equipe estava ciente de informações que circularam nas redes sociais sobre o rapto de uma criança no HRT. Com isso, ficou mais atenta. Também, mediante aquela situação suspeita não tratou o atendimento com alarde.

Imediatamente, o recém-nascido foi protegido. E sem demora os investigadores da Polícia Civil foram acionados, assim como a Polícia Militar. Houve o cuidado de proteger tanto a criança quanto a mãe verdadeira que chegou ao hospital, estabilizando tanto o bebê quanto a mãe que estava aflita.

A mãe verdadeira e a criança foram colocadas em um apartamento exclusivo para proporcionar o ambiente mais adequado. Tanto para amamentação mais tranquila quanto para proporcionar o melhor possível uma relação de carinho entre mãe e filho. Além disso, foi reforçada a segurança no corredor do apartamento a fim de oferecer mais tranquilidade à mãe, que se recuperava do grande susto.

Quanto à suposta mãe, que tentou levar o recém-nascido, segundo informações apuradas pelo TudoOK Notícias,  foi abordada pela Polícia Civil. E em seguida conduzida a 12ª delegacia para prestar esclarecimentos.

Apesar de não ser frequente, o parto domiciliar é comum, ainda hoje em dia. Conforme TudoOK Notícias apurou no meio hospitalar. Mas nesta ocorrência policial, o tipo de parto só foi utilizado como justificativa para o rapto do bebê, que graças à equipe obstétrica do HRC, foi, suficientemente, competente para evitar a concretização de um crime.

Caso Pedrinho

Afinal, quem não se lembra do caso Pedrinho, que pouco depois de nascer foi subtraído de uma maternidade e somente depois de muitos anos foi esclarecido. Em janeiro de 1986, o recém-nascido for subtraído na maternidade Santa Lúcia, em Brasília. Já adolescente foi localizado 16 anos depois, em Goiânia, vivendo com outra família e com outro nome. Logo depois exame de DNA mostrou que, na mesma casa, também registrada como filha legítima, morava Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, sequestrada havia mais de 23 anos.

Vilma Martins Costa é o nome da mulher condenada por raptá-lo e registrá-lo como filho dela ilegalmente. Também considerada culpada pelo sequestro e o registro falso de uma recém-nascida em Goiânia, crime ocorrido em 1979, ela ganhou a liberdade condicional em agosto de 2008, após cumprir 5 dos 19 anos das penas inicialmente imposta pela Justiça. Hoje Pedrinho é advogado e pai de um garoto de seis anos e mora em Brasília.

Colaborou Lelio Soares, Âncora da Voz do povo do DF

 

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