Racionamento de água afeta 44% das indústrias do DF

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Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) com 114 empresa de porte micro, pequenas, média e grandes aponta que o racionamento de água prejudica 44,2% das indústrias locais, afetando a produção. Destes, 31,9% que se sentem apenas prejudicados. Uma parcela menor, 5,3% dos entrevistados dizem que precisam parar a produção no momento da interrupção da água. Para 4,4%, a situação é mais delicada: afirmaram que não só a produção é prejudicada como precisa ser paralisada e demora bastante tempo para ser retomada. Apenas 1,8% das empresas informou que a produção é prejudicada e acarreta grandes perdas. A maior parcela pesquisada (55,8%), no entanto, afirmou não ter sua produção prejudicada. A pesquisa foi feito entre fevereiro e março deste ano.

Com relação ao impacto do racionamento de água sobre o faturamento das empresas, 33,6% informaram que sim, há impacto. Destes, 42,1% disseram que seu faturamento foi afetado num nível baixo, de 0,5% até 1%. Outra parcela (23,7%) destacou que teve queda mediana no faturamento, entre 1% e 2%. Já 13,2% das empresas tiveram alto impacto no faturamento, em mais 5%.

O levantamento também apurou se houve necessidade de dispensar funcionários nos dias de racionamento. A grande maioria dos entrevistados (86,8%) relatou que não precisou dispensar os empregados nos momentos em que houve o corte da água. Contudo, 9,6% dos empresários afirmaram ter dispensado parte do corpo de colaboradores, enquanto 3,5% tiveram que liberar todos os seus funcionários. Na análise por porte, essa necessidade ainda não existiu em 57,9% das MPEs, seguidas das Médias (23,7%) e das Grandes (5,3%).

Grande parcela das empresas industriais do DF (74,6%) também disse possuir caixa d’água. As 25,4% restantes afirmaram não possuir reservatórios de água. Já aquelas que afirmaram ter fonte alternativa de abastecimento – que só compreende 13 empresas das 114 pesquisadas, citaram possuir poço artesiano (61,5%) e cisterna/poço (23,1%) para atender as necessidades de água do próprio negócio.

Considerando a continuidade do racionamento de água no DF, a pesquisa traça as perspectivas do parque fabril do DF quanto aos possíveis reflexos no processo produtivo. Neste caso, 51,8% dos respondentes consideram que sim, as empresas podem ser afetadas de forma mais intensa em todo processo produtivo. Também fazendo a análise por porte, essa é uma preocupação de 31,6% das MPEs, seguidas das Médias (14,9%) e Grandes (1,8%) – quanto maior o porte da empresa, menos dependentes elas são do abastecimento da Caesb. Outros 48,2% acreditam que não haverá alteração em seu chão de fábrica, caso haja continuidade no corte de água.

Perfil da amostra 

A pesquisa realizada pelo IEL-DF ouviu, entre fevereiro e março, 114 empresas de todos os portes: Micro e pequenas (até 49 empregados); Médias (de 50 a 249 empregados); e Grandes (com 250 ou mais empregados). Além disso, foram consultadas empresas de nove setores industriais. São eles: Alimentação e Bebidas; Beneficiamento, Moagem, Torrefação e Fabricação de Produtos Alimentares e de Origem Vegetal; Metal Mecânica; Madeira e Mobiliário; Construção Civil; Edição e Impressão; Tecnologia da Informação e Comunicação; Reparação ou Manutenção de Máquinas, Aparelhos e Equipamentos Industriais, Elétricos e Eletrônicos; Vestuário e Acessórios do Vestuário.

Considerando a possibilidade da continuidade do racionamento pelo Governo de Brasília, tendo em vista que o principal reservatório do DF, o Descoberto, chegou a atingir 18,7% em 2017, o mais baixo nível da história –  nova pesquisa será realizada ainda no mês de maio.

Diante desse quadro, a Fibra iniciou, em outubro de 2016, campanha com vistas a incentivar o uso racional da água. O objetivo é sensibilizar o setor industrial, assim como ao corpo de funcionários das Casas que integram o Sistema Fibra (Fibra/Sesi/Senai/IEL-DF) a reduzir o consumo e, principalmente, a estender essa prática junto às famílias e comunidades, propagando a cultura do uso racional desse bem que é renovável, porém não infinito.

*Com assessoria da Fibra

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