Pelo menos 600 filhotes de tartarugas marinhas ameaçadas pelo crime ambiental no litoral do Nordeste, segundo Projeto Tamar.
Pelo menos um total de 198,5 toneladas de borra de petróleo já foi recolhido das praias do Nordeste brasileiro até esta segunda-feira (14).
O material tem sido retirado por equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de agentes estaduais e municipais, e levado para aterros industriais. Parte dele é incinerada, informa o Estadão online.
Já são 43 dias desde a primeira detecção do material. A preocupação neste momento é saber quanto do óleo ainda chegará às praias.
A Marinha e a Polícia Federal investigam a origem do problema. A hipótese de que o material pode ter sido lançado no mar por um “navio fantasma”, embarcação clandestina que faria o contrabando de petróleo, ganhou força nas apurações.
Até a semana passada, 23 embarcações estavam no alvo das investigações
Barris da Shell
O Ibama também vai cobrar explicações da Shell sobre o aparecimento de barris no litoral do Nordeste atrelados à empresa. Paralelamente, o órgão pedirá cópia do laudo técnico da Universidade Federal de Sergipe (UFS) sobre o material que foi encontrado nos barris que chegaram ao litoral do Estado.
A Marinha informou que as manchas de óleo que chegaram às praias do Nordeste não são compatíveis com o material encontrado em amostra de barril da Shell.
Na semana passada, investigações da Marinha e da Petrobras encontraram petróleo com a mesma “assinatura” do óleo da Venezuela nas manchas do litoral. Essa informação já havia sido comunicada ao Ibama. O poluente já foi identificado em 161 pontos no litoral dos nove Estados da região.
600 filhotes
No litoral do Nordeste, desde o início do mês passado, pelo menos 600 filhotes de tartarugas marinhas — que nasceram nas praias de Sergipe e Bahia — estão impedidos de ir ao mar, segundo Projeto Tamar.
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