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Ponte Costa e Silva: reforma na estrutura antes de ganhar modernidade

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Na parte interna, um trabalho minucioso de reparos está sendo realizado em três enormes túneis
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Construída na década de 1970, a ponte passa por extensa reforma em sua estrutura interna. Em seguida, ganhará iluminação nova, passarela e outras melhorias

 

O motorista que atravessa a Ponte Costa e Silva não é capaz de notar qualquer reforma por ali. Apenas uma das três faixas interditadas e poucos operários trabalham em cima do elevado. Mas, é na estrutura interior que o trabalho é intenso. Cerca de 100 homens se revezam diariamente para corrigir problemas estruturais e reforçar a sustentação da ponte, que liga o Plano Piloto ao Lago Sul e regiões vizinhas. Uma obra grandiosa, coordenada pela Novacap, e que trará segurança e modernidade para 15 mil pessoas que passam diariamente no local.

“A ponte nunca teve uma reforma dessa magnitude desde a construção”, explica o diretor de Edificações da Novacap, Rubens Pimentel Jr. | Fotos: PH Carvalho/Agência Brasília

O investimento por parte do governo é de R$ 13,6 milhões e a obra é conduzida pela empresa Concrepoxi Engenharia, contratada pela companhia. Esse valor ainda deve aumentar cerca de 50%, por conta de um aditivo de contrato necessário. Projetada por Oscar Niemeyer e construída em 1976, não são poucos os problemas na “cinquentona” Costa e Silva: fissuras, infiltrações, partes ocas nas paredes da estrutura (brocas) e cabos de aço desgastados.

“A ponte nunca teve uma reforma dessa magnitude desde a construção. Trata-se de uma obra da década de 1970 e que só passou por uma manutenção mais ‘estética’ desde então”, explica o diretor de Edificações da Novacap, Rubens Pimentel Jr. “As intervenções que não são enxergadas são as mais importantes: fazer um tratamento na parte estrutural para garantir a estabilidade e a segurança”, reforça.

Visita ao interior da ponte

A equipe de engenheiros responsável pela reforma recebeu a reportagem da Agência Brasília e permitiu o acesso à parte interna sob a ponte. Lá dentro, em três enormes túneis chamados pelos técnicos de “caixões perdidos”, os reparos são executados. “Por ter começado no segundo semestre do ano passado, alguns pensam que a reforma atrasou. Mas é um trabalho complexo e minucioso que é feito diariamente”, detalha Pimentel.

Os técnicos contam ainda que há o desgaste natural, após décadas, no material usado para dar sustentação ao elevado.  “É o que chamamos de patologia externa. A oxidação atinge os cabos de aço usados para dar sustentação à ponte e esses precisam ser corrigidos. Os operários também abrem as paredes para consertar as infiltrações, entre outras dificuldades”, revela o engenheiro da Diretoria de Edificações (DE), Carlos Alberto Spies.

Nova passarela e iluminação em LED

Depois de recuperado o interior da ponte, virá a parte mais bonita de se ver: a de cima. Todo o asfalto dos 450 metros de extensão será trocado por um novo. A Costa e Silva ganhará ainda uma passarela de pedestres que passará por debaixo e ligará dois pontos do Lago Paranoá, além de nova iluminação, toda em LED (veja abaixo mais melhorias). Mas serão mantidas as características originais como as três faixas de rolamento e os semáforos.

Spies lembra ainda que o projeto prevê a urbanização nas bordas do lago, nas quais os pedestres poderão circular por calçadas. E o conceito de modernidade também estará presente. “Na parte de cima da ponte, teremos uma passagem com acessibilidade e mais ampla para ciclistas e pedestres”, observa o engenheiro. “E a nova passarela será um ponto de observação interessante, para o pessoal apreciar o lago e andar por ali”, finaliza.

Melhorias na nova Ponte Costa e Silva

– Construção de uma passarela de pedestres sob a ponte, ligando a orla próximo à Prainha ao trecho 1 do Setor de Clubes Sul;

– Passagem para pedestres e ciclistas nas duas bordas do elevado, medindo 1,5 m cada uma. Instalação de guarda-corpos em ambas as bordas;

– Pintura de toda a ponte em poliuretano, o que aumenta a durabilidade para até 25 anos;

– Recapeamento das três faixas de rolamento, com uso de 250 m³ de asfalto;

– Troca da iluminação convencional para a de LED. Iluminação agora será nos dois lados da ponte;

– Reparos nas fissuras da estrutura e substituição das juntas de dilatação;

– Reforma da cabeceira da ponte;

– Instalação de cabos de protensão para maior estabilidade.

Rafael Secunho, da Agência Brasília

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