Polícia Civil do Piauí combate infiltração do PCC no setor de combustíveis

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Foto: Divulgação/SSP-PI
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Operação Carbono Oculto 86 mira empresários, fundos e fintechs usados para lavagem de dinheiro e fraude no mercado

A Polícia Civil do Piauí deflagrou, nesta quarta-feira (5), a Operação Carbono Oculto 86, com o objetivo de desarticular a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis do Estado. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Piauí, a organização criminosa utilizava uma complexa rede de empresas de fachada, fundos de investimentos e fintechs para lavagem de dinheiro, fraudes no mercado de combustíveis e ocultação de patrimônio.

As investigações apontam ligações diretas entre empresários locais e os mesmos operadores financeiros investigados na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, que contou com a participação da Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público de São Paulo e Polícia Militar paulista. Essa primeira fase da operação visou desmantelar um esquema nacional de lavagem de dinheiro ligado ao crime organizado.

Durante a ação no Piauí, postos de combustíveis foram interditados nas cidades maranhenses de Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras, além do município de São Miguel do Tocantins, no Estado do Tocantins.

Maior operação contra o crime financeiro no país

Deflagrada em 28 de agosto, a Operação Carbono Oculto é considerada a maior ofensiva da história do Brasil contra a infiltração do crime organizado na economia formal. A ação atingiu o setor de combustíveis e instituições financeiras com sede na Avenida Faria Lima, em São Paulo — um dos centros financeiros mais importantes do país.

As autoridades estimam que a organização criminosa ligada ao PCC tenha movimentado cerca de R$ 52 bilhões por meio de 40 fundos de investimento, usados para blindar e disfarçar a origem dos recursos ilícitos.

A principal instituição de pagamentos sob investigação é o BK Bank, apontado como responsável por movimentações financeiras suspeitas que somam R$ 17,7 bilhões. De acordo com os relatórios, 80% dessas operações teriam ligação direta com o PCC.

Na época, o BK Bank afirmou, em nota, ter sido surpreendido com a operação e destacou que “conduz todas as suas atividades com total transparência, observando rigorosos padrões de compliance e governança corporativa”.

Com a nova fase da operação no Piauí, as autoridades pretendem ampliar o cerco financeiro contra o crime organizado, atingindo elos empresariais e mecanismos de lavagem de dinheiro que sustentam o poder econômico do PCC em diferentes regiões do país.

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