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Grupo criminoso usava laranjas para abrir empresas de fachada, impedindo o Fisco do Distrito Federal de cobrança por não terem como pagar tributos.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) deflagra na manhã desta quarta-feira (25) a Operação Crassus, que cumpre mandados de busca e apreensão contra empresários do ramo de peças automotivas. Segundo a investigação, o grupo abria empresas fantasmas, ou de fachada, para sonegar impostos, informou o G1-DF.
O nome da operação “Crassus”, vem do latim, e significa gordura, graxa. Investiga crimes fiscais, de lavagem de dinheiro e organização criminosa. E é coordenada pela Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dicot), com apoio da Secretaria de Economia do Distrito Federal.
A 1ª Vara Criminal de Brasília autorizou as ações em residências e empresas localizadas em Brasília e em endereços de Goiânia (GO). Investigadores informaram que os criminosos fraudavam documentos falsos. Além de sonegarem impostos, acumulavam dívidas tributárias. Com o saldo devedor, eles montavam outras empresas em nome de laranjas e, assim, conseguiam “blindar o patrimônio”.
Quando eram descobertos, segundo a Policia Civil, os empresários montavam outras empresas e, então, continuavam o ciclo. Dessa forma, o governo não conseguia cobrar dos “laranjas” – que não tinham capacidade de pagamento.
A estimativa é de que o grupo tenha sonegado cerca de R$ 50 milhões, em valores atualizados, desde 2013. A apuração apontou ainda que o esquema causou prejuízo para outras empresas. O grupo acumula 116 ações na Justiça.
