PGR pede quebra de sigilo de Perillo

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A Procuradoria-Geral da República solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a quebra do sigilo telefônico do ex-gorvernador de Goiás Marconi Perillo (PSDB)  e de dois delatores da Odebrecht. O ex-tesoureiro de Perillo, Jayme Rincón, também foi incluído no pedido.
Perillo que é atual coordenador da campanha do pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB), é alvo de investigação baseada em delações da Odebrecht. A suspeita é de repasse de propinas durante campanhas eleitorais.O caso tramitava no STJ, mas foi enviado à Justiça Federal de Goiás em abril, após Perillo deixar o governo para se candidatar ao Senado – o pedido de quebra de sigilo é anterior ao envio à primeira instância. Desde então, não houve andamento do caso.

“Considerando os indícios de crime e a necessidade de apuração do vínculo mantido entre os colaboradores e investigados, deve ser afastado o sigilo das comunicações telefônicas referente aos terminais telefônicos utilizados nos anos de 2010 e 2014 por Fernando Cunha Reis, Alexandre Barradas, Marconi Perillo e Jayme Rincón”, diz o pedido assinado pelo vice-procurador-geral Luciano Mariz Maia.

Reis e Barradas são ex-funcionários da Odebrecht que citaram em suas delações terem repassado R$ 10 milhões a Perillo – R$ 2 milhões na eleição de 2010 e outros R$ 8 milhões em 2014. Rincón, por sua vez, é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) e foi tesoureiro das campanhas de Perillo ao governo de Goiás.

Instaurado após a homologação do acordo dos executivos da Odebrecht, a investigação apura se, em razão do cargo de governador, ocupado por Perillo entre 2011 e 2018, ele recebeu vantagens indevidas “com o intuito de facilitar a obtenção de contratos de saneamento básico em Goiás” para o braço ambiental da empreiteira.

Recurso ilícito

No pedido de quebra de sigilo, a PGR diz que, em sua delação, o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis narrou que, em jantar em 2010, Perillo pediu R$ 2 milhões para sua campanha ao governo, “se comprometendo a desenvolver projetos de água e esgoto que eram de interesse” da empresa. Segundo o delator, o repasse foi feito por meio do codinome “calado”.

Outro lado

“Não conheço pedido de quebra de sigilo. Marconi está muito tranquilo em relação a esse inquérito. Se efetivamente for quebrado o sigilo, penso que irá produzir uma prova positiva para o Marconi”, afirmou o advogado do ex-governador, Antônio Carlos de Almeida Castro. (Com informações do Estadão online)

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