PF faz quarta fase de operação contra fraudes no Ministério do Trabalho

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A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira 18, a quarta fase da Operação Registro Espúrio, que investiga fraudes na gestão do Ministério do Trabalho. Nesta etapa, são cumpridos dezesseis mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão temporária relacionados a desvios em valores da chamada Conta Especial Emprego e Salário (CEES).Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e são cumpridos em Brasília, Goiânia, Anápolis, São Paulo e Londrina. As investigações indicam a atuação de uma organização criminosa em entidades interessadas em obter, de forma fraudulenta, restituições de contribuições sindicais recolhidas indevidamente da CEES.

Os pedidos de restituição eram manipulados pelo grupo com o intuito de adquirir direitos a créditos, conforme indicou também o Ministério da Transparência e a Controladoria-Geral da União. Os valores eram transferidos da CEES para as contas bancárias das entidades, com posterior repasse de um percentual para os servidores públicos e advogados integrantes do esquema.Os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.

Registro Espúrio

Em março, reportagem de capa de VEJA mostrou como funciona a engrenagem de concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho, com o pagamento de propina a servidores indicados politicamente por caciques de PTB e Solidariedade, como Roberto Jefferson e os deputados Jovair Arantes (PTB-GO) e Paulinho da Força (SD-SP).

A primeira fase da operação, no final de maio, mirou Jovair e Paulinho, suspeitos de utilizar a influência política para indicar aqueles que assumiriam os cargos no ministério e executariam o esquema. Na segunda etapa, em junho, foi a vez das suspeitas caírem sobre a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), que chegou a ser indicada em um acordo com o partido pelo presidente Michel Temer (MDB) para comandar o Ministério do Trabalho, mas teve a escolha vetada pela Justiça.A terceira etapa chegou à cúpula do órgão. Por decisão do relator do processo, o ministro Edson Fachin, Helton Yomura foi afastado do comando do Trabalho por ter “participação ativa no esquema”, segundo a Polícia Federal. Diante do constrangimento, o PTB abriu mão publicamente de indicar o comandante da pasta, cargo sob sua influência desde o início do governo Temer, em maio de 2016.

Em agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro Yomura, os deputados Jovair, Paulinho, Cristiane Brasil, Nelson Marquezelli (PTB-SP), Wilson Filho (PTB-PB), o ex-deputado Ademir Camilo (MDB-MG) e os assessores Norberto Paulo de Oliveira Martins, Marcelo de Lima Cavalcanti e Paulo Roberto Ferrari.

(Com Agência Brasil)

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