Após passar seis meses fechada e reaberta em março com a contratação de 22 médicos temporários, a emergência infantil do Hospital Regional do Gama, no Distrito Federal, foi fechada novamente. Segundo a Secretaria de Saúde, a demanda “dobrou” em relação ao previsto, e os profissionais nomeados se demitiram. Não há data prevista para o retorno das atividades. O atendimento na unidade do HRG tinha sido suspenso totalmente em setembro do ano passado, sob o argumento de que o quadro de oito pediatras era insuficiente para o atendimento na enfermaria e no pronto-socorro. No entanto, pacientes já enfrentavam restrição desde agosto.
No mês passado, o governo anunciou a contratação dos médicos e a “revitalização” do pronto-atendimento infantil, que custou ao cofre público 139,24 mil.
Nesta terça (11), a Saúde informou que “problemas sazonais de saúde” pioraram. A previsão inicial de 2 mil atendimentos mensais deu espaço a 4.860 crianças atendidas, de acordo com a pasta.
Enquanto a demanda crescia, as equipes montadas no hospital do Gama se desfaziam. Nove dos 22 profissionais pediram demissão ainda na primeira semana de trabalho, e outros cinco saíram nos dias seguintes. Segundo a Saúde, isso aconteceu porque a contratação foi feita pelo piso salarial, atendendo a exigência do Ministério Público.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que fará uma reunião nesta quarta (12) com 11 pediatras que já atendem na região Sul do DF, e que não aderiram ao modelo do Saúde da Família. A ideia é “convidá-los” para reforçar o atendimento no Gama – o governo não informou se oferecerá alguma gratificação para isso.
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