Os Acordos de Abraão à Paz em Gaza

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Por Carlos Arouck

O pacto recém assinado no Cairo encerra a guerra Israel-Hamas na Faixa de Gaza e recoloca os Estados Unidos no centro da diplomacia do Oriente Médio. Prevê, ainda, a reconstrução humanitária. O cessar-fogo, fruto de meses de negociação silenciosa e intensa pressão internacional, reacende esperanças de estabilidade em uma região acostumada ao conflito.
Em 2020, poucos acreditavam que o Oriente Médio pudesse mudar de rumo. Os Acordos de Abraão, firmados sob a liderança de Donald Trump, romperam décadas de isolamento entre Israel e o mundo árabe. Cinco anos depois, a mesma arquitetura política que parecia improvável se mostra decisiva para pavimentar o atual acordo de paz. Assinado no Cairo, o pacto encerra oficialmente a guerra em Gaza e redesenha o mapa político da região.

O primeiro Acordo de Abraão, entre Israel e Emirados Árabes Unidos, abriu portas para o Bahrein, Sudão e Marrocos. O Egito e a Jordânia já haviam feito o mesmo nas décadas anteriores, mas 2020 consolidou uma nova lógica: a paz baseada em benefícios concretos, não em promessas ideológicas.

Comércio, tecnologia, turismo e cooperação em defesa substituíram décadas de boicotes. Em poucos meses, voos diretos, feiras conjuntas e acordos bilionários tornaram-se rotina algo impensável há apenas uma década.

O ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023, parecia ameaçar todo o edifício diplomático. Mas não derrubou os Acordos de Abraão. Pelo contrário: o comércio Israel-Árabe dobrou de volume, e os países signatários resistiram à pressão popular e às narrativas de ruptura.

Reeleito em 2024, Trump viu aí um sinal: a normalização não era um episódio — era uma estrutura duradoura.

No fim de setembro de 2025, a Casa Branca apresentou a segunda fase dos Acordos: o Plano de Paz de Abraão. O projeto combinou pragmatismo e simbolismo: cessar-fogo imediato, libertação de reféns, reconstrução total de Gaza e um novo órgão civil para administrar o território.

O plano vetou as anexações israelenses e garantiu anistia a combatentes do Hamas que abandonassem a luta. O Conselho da Paz, presidido por Trump e co-presidido por Tony Blair, supervisionará a transição política. O secretário de Estado Marco Rubio resumiu:

“Trump trabalhou 24 horas por dia. Nada disso seria possível sem ele.”

A assinatura no Cairo, em 6 de outubro de 2025, véspera do segundo aniversário do ataque do Hamas, foi histórica: Israel e o Hamas, pela primeira vez, firmaram um documento conjunto. O acordo foi celebrado por Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Catar e EAU.

As consequências já são tangíveis: Gaza começa a reconstruir-se, hospitais reabrem, e o comércio com países árabes cresce rapidamente. O Conselho da Paz supervisiona o envio de recursos e prepara o terreno para uma transição política palestina moderada.

Rubio atacou líderes como Emmanuel Macron e Keir Starmer, acusando-os de “premiar o Hamas” ao insistirem em um Estado palestino antes do desarmamento do grupo. “Eles deveriam baixar a cabeça em vergonha”, disse.

O presidente Volodymyr Zelensky elogiou Trump: “Se uma guerra pode ser interrompida no Oriente Médio, outras também podem — inclusive a guerra russa.”

Mais do que um acordo, a paz em Gaza representa a consolidação de uma diplomacia de resultados, onde estabilidade, prosperidade e segurança substituem décadas de ideologia. Mais do que tratados e gestos diplomáticos, o novo momento exige algo ainda mais profundo: a restauração da confiança, da verdade e da informação correta.

O Oriente Médio, antes sinônimo de conflito, agora ensaia um papel inédito: o de modelo de reconstrução e coexistência.

“Agora é hora de executar”, afirmou Rubio. “Depende de todos.”

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