Novo tipo de demência é descoberto

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Segundo novo estudo, a doença de Late pode ser mais comum que o Alzheimer. Isso significaria que muitos pacientes podem ter recebido um diagnóstico errado

Entre os tipos de demência, o Alzheimer é o mais conhecido. Entretanto, pesquisadores descobriram uma nova forma de demência que poderia ser ainda mais comum: a doença de Late. De acordo com um estudo, publicado recentemente na revista Brain, a doença tem sintomas semelhantes aos do Alzheimer, como perda da capacidade de memória e pensamento, mas afeta o cérebro de maneira diferente e mais lenta.

Segundo os novos achados, cerca de um terço das pessoas com mais de 85 anos apresentam o distúrbio. Isso significa que muitos pacientes podem ter recebido o diagnóstico Alzheimer quando na verdade tinham doença de Late.

“[Isso] pode nos ajudar a entender por que alguns testes clínicos recentes para o tratamento do Alzheimer falharam. Os participantes poderiam ter doenças cerebrais levemente diferentes”, comentou James Pickett, da Alzheimer’s Society, no Reino Unido, ao The Telegraph. O erro no diagnóstico ainda indica que as formas de tratar a doença de Late diferem das utilizadas em pacientes com Alzheimer. Ou seja, novas pesquisas precisam ser realizadas para entender o problema e desenvolver um tratamento direcionado.

Enquanto isso, cabe aos profissionais de saúde realizar o diagnóstico assertivo. Para ajudá-los, o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos lançou  diretrizes que auxiliam na identificação do novo tipo de demência e na compreensão do seu progresso.

Mais pesquisas

Segundo especialistas, a proteína TDP está associada ao surgimento de outra forma de demência: a degeneração lobar frontotemporal, que representa de 5% a 10% dos casos de demência. Mas, segundo Nelson, a doença de Late é “100 vezes mais comum e ninguém sabe”. O resultado do estudo determinou que 25% dos pacientes com idade superior a 80 anos apresentavam o problema, embora tivessem recebido um diagnóstico diferente. 

Para a comunidade médica, a nova descoberta pode servir como “roteiro” para pesquisas futuras, que precisam ser realizadas para entender o novo tipo de demência e descobrir formas de tratá-lo e, se possível, preveni-lo. Já os pesquisadores ressaltaram que a doença de Late deve causar impacto na saúde pública semelhante ao do Alzheimer até que novas estratégias de tratamento e prevenção sejam descobertas.

“Esse tipo de pesquisa é o primeiro passo para um diagnóstico mais preciso e um tratamento personalizado para a demência, como começamos a ver em outras doenças graves, como o câncer de mama”, concluiu Nelson, ao The Guardian.  (Veja.com.br)

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