Rede de empresas ligadas a suposto esquema de desvios, superfaturamento e conflitos societários envolvendo empreendimentos em Caldas Novas vai parar na Justiça
Um possível esquema milionário de fraudes empresariais começa a ser desvendado e já está no radar das autoridades. De acordo com informações publicadas pelo portal Tudo Ok Notícias, irregularidades administrativas, indícios de desvio de recursos, superfaturamento e conflitos de interesse estariam sendo apurados em um grupo que atua nos setores de turismo, hotelaria, multipropriedade, saúde e construção civil.
A Justiça analisa documentos e movimentações financeiras de empresas ligadas à AM Holding Investimentos e Participações Ltda. (CNPJ 46.936.598/0001-26) — apontada como ponta de lança nos possíveis desvios milionários, em sociedade com outras companhias, entre elas a Seasons Turismo S.A. (capital social de R$ 7 milhões) e a HMS Negócios S.A..
O grupo de administradores e sócios também teria conexões com a Guarany Administradora de Bens e Participações Ltda., que concentra operações imobiliárias e de empreendimentos turísticos em Caldas Novas (GO).
Segundo as denúncias, o conglomerado teria utilizado o Condomínio Alta Vista Thermas Resort, administrado pela Viver Caldas Administração Hoteleira Ltda., como fachada para movimentações financeiras irregulares e contratos suspeitos.
Documentos obtidos por fontes próximas à investigação apontam que parte das empresas atuaria de forma cruzada, com repasse de recursos entre sociedades e utilização de cotistas em comum, o que levanta suspeitas sobre lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.
Entre os principais nomes citados estão Thiago de Francischi Amorim Silva, sócio da AM Holding; Marcos Freitas, da HMS Negócios; que passou para sua filha Mariana Marcos Pereira; e André Luiz Garcia Ladeira, vinculada à Seasons Turismo S.A.

O grupo também tem relação com Charles Garcia Kriunas e Adailton Alexandre Silva de Brito, que aparecem em registros de sociedades ligadas ao setor hoteleiro.

As investigações também atingem empresas do ramo odontológico, nas quais há repetição dos mesmos sócios e movimentações consideradas atípicas. A Flamboyant Odontologia Ltda. (CNPJ 09.269.660/0001-47), controlada por Rildo Vieira Lasmar (51%) e Thiago de Francischi Amorim Silva (49%), seria uma das principais envolvidas.


Além dela, aparecem a IBO Alpha Odontologia Ltda. (CNPJ 55.131.289/0001-70) e a IBO Franchising Ltda. (CNPJ 46.567.940/0001-68), que passaram por alterações contratuais recentes, incluindo a entrada da RMS Participações Ltda. como nova sócia cotista.

Há ainda registros de novas sociedades entre os mesmos empresários em empresas como IBO Oeste Odontologia Ltda., IBO Urias Odontologia Ltda., IBOS Cursos e Treinamentos Ltda. (CNPJ 55.985.037/0001-08) e Vie Pratique Flamboyant Serviços Ltda. (CNPJ 55.585.828/0001-40).
Essas conexões — somadas ao grande número de contratos entre os mesmos grupos — reforçam a hipótese de um consórcio informal de interesses privados, que teria se beneficiado de operações entre empresas de um mesmo círculo societário.
A Vie Pratique SPA & Health Ltda. (CNPJ 58.285.653/0001-44) também aparece nas investigações, com a inclusão da sócia Amanda Resende Gomes em sua constituição, o que ampliou a teia de participações e levantou dúvidas sobre a real natureza dos investimentos realizados.
O Grupo Guarany Administradora e suas subsidiárias possuem negócios que vão da hotelaria à mineração de águas termais, com seis poços em operação, gestão imobiliária, loteamentos, construção de moradias populares e um megaprojeto às margens do Lago Corumbá, em uma área de 1 milhão de metros quadrados.

Investigadores suspeitam que parte dos investimentos nesses empreendimentos possa estar interligada às mesmas estruturas financeiras hoje sob escrutínio.
Apesar da gravidade das denúncias, nenhum dos citados se manifestou oficialmente até o fechamento desta matéria. O site entrou em contato com o Dr. Rildo Vieira, mas não obteve retorno até o encerramento do texto. O advogado Kleist Monteiro, que figura como testemunha em alguns contratos que envolvem seu cliente, enviou um áudio com tom de ameaça ao jornalista.
Estranho a mudança das contas bancárias ocorreu justamente no período em que processos judiciais se aproximavam da sentença.

Fontes próximas ao caso — entre empresários, associações, cotistas e fornecedores de serviços — afirmam que o material em análise pode revelar uma rede complexa de relações empresariais sobrepostas, com possível prejuízo a fornecedores, investidores e cotistas do regime de multipropriedade.
O grupo também responde a várias ações judiciais, (TJ-GO) algumas já com sentenças proferidas. Vejam abaixo:

Processos contra Alta Vista Thermas Resort

Processos Água Caldas Mineradora

Processos AM Gestão Tech

Processos Am Holding Investimentos e Participações LTDA

Processos CGK Gestão em Multipropriedades

Processos Guarany Adm. de Bens e Participações …

Processos Guarany Adm. de Bens e Participações

Processos HMS Negócios

Processos Lufthy Investimentos e Participações
Processos Nova Geração Investimentos e Participações LTDA

Pocesso Salto Aministração e Serviços LTDA

Processos Serra da Caldas Novas Mineração

Processo Viver Caldas Administração Hoteleira LTDA
Processos Wam Hoteis Resorts S.A

A soma de todos processos do grupo chega 346 processos no TJGO.
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