“Música como Remédio”: projeto retorna ao Hran e leva alegria a pacientes

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Projeto voluntário “Música como Remédio” busca amenizar o sofrimento e levar momentos de alívio, descompressão e alegria a pacientes e servidores. Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF
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Evento busca proporcionar momentos de alívio e diversão, humanizando atendimento

 

 

“Ei, dor, eu não te escuto mais”. Esse foi o trecho de uma das músicas entoadas pelo paciente do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Marcelo Felipe dos Santos, 43, ao ouvir Alan Cruz e banda soltar a voz durante uma apresentação no Jardim Central da unidade. O vigilante está internado desde o dia 10 deste mês, após sofrer um choque de energia de alta tensão.

Junto à esposa Josimira e aos filhos Gabriel, 11, e Gustavo, 20, Marcelo celebrou as horas de descontração e reencontro. “Estou sendo muito bem atendido aqui. A equipe é excelente. E essa apresentação coincidiu com a visita maravilhosa da minha família. Significa muito pra mim, dá um ânimo a mais. Acho que até a imunidade da gente aumenta com momentos assim”, arriscou a dizer.

A família presenciou o retorno do projeto voluntário “Música como Remédio”, que funcionou no Hran durante a pandemia. Com o auxílio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), a iniciativa busca amenizar o sofrimento e as internações por meio de canções. No repertório desta sexta-feira (26), os pacientes ouviram composições de Alceu Valença, Lenine, Luiz Gonzaga, Djavan, Roberto Carlos e outros clássicos da Música Popular Brasileira (MPB).

Música para esquecer a dor

 

“Essa apresentação coincidiu com a visita maravilhosa da minha família. Significa muito pra mim, dá um ânimo a mais”, relata o paciente Marcelo Felipe dos Santos. Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF

 

 

“Ao trazer a música para o contexto hospitalar, mudamos o foco do paciente, que está na dor e na internação. As canções são capazes de, ainda que por um instante, afastá-los da realidade no hospital ou transformá-la em algo mais agradável e leve”, destacou o cantor responsável pelo projeto, Alan Cruz. Além do jardim, o “Música como remédio” também sobe andares e visita alas, como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A percepção de Alan foi ilustrada pelos olhos de Eudalto Ribeiro, 61. Na cadeira de rodas e com uma bala de oxigênio, o pedreiro está internado há três dias com pneumonia e bronquite. “A gente distrai a cabeça e volta mais alegre. É muito bonito. Dou nota dez por esse momento de diversão e sensibilidade.”

Setembro Amarelo

A apresentação no Hran também buscou reforçar o Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a depressão e de prevenção ao suicídio. A intenção, segundo o superintendente da Região de Saúde Central, Paulo Roberto da Silva Júnior, é que os shows ocorram toda última sexta-feira do mês.

“Temos presenciado muitos casos de transtornos mentais nas emergências e a música consegue trazer um certo alívio e alegria. São minutos para desacelerar, ouvir uma boa canção, acalmar o corpo e a cabeça, não só dos pacientes como também dos servidores. Ela permite uma descompressão no trabalho e acaba sendo um momento de terapia para todos”, avaliou o superintendente.

Técnica em saúde, Isabel Marques, realmente aproveitou e dançou animada ao som de Gonzaguinha. “A mente melhora quando vemos alguém cantando, nos sentimos mais felizes. A alegria é contagiante. E tem paciente que às vezes, mesmo em coma, sem falar, pode estar ouvindo.”

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