Meta deve anunciar nova geração de óculos inteligentes com IA durante conferência Connect

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Foto de Panos Sakalakis na Unsplash
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O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, fez uma previsão ousada em julho: pessoas que não utilizarem óculos inteligentes podem, no futuro, estar em “desvantagem cognitiva significativa” em relação àquelas que adotarem a tecnologia. Essa visão deve ganhar novos contornos nesta semana, durante a Meta Connect, evento anual em que a empresa apresenta seus próximos passos e anuncia produtos inovadores.

De acordo com relatórios, a gigante da tecnologia deve lançar um novo par de óculos inteligentes com inteligência artificial, sucessores dos modelos Ray-Ban Stories, que já conquistaram relativa popularidade. Diferente da primeira versão, voltada a fotos e vídeos, o novo dispositivo deve trazer recursos de análise do ambiente e respostas em tempo real às perguntas do usuário, além da possibilidade de incorporar tela para notificações e aplicativos e pulseira de controle gestual.

A Meta aposta alto nesse mercado. Em julho, a controladora da Ray-Ban, EssilorLuxottica, revelou que a receita com os óculos Meta mais que triplicou em um ano. Pesquisas de mercado também indicam que a empresa é a marca líder do segmento.

Concorrência e corrida tecnológica

O interesse da Meta se explica: gigantes como Google, Samsung, Snap e até a Amazon preparam seus próprios dispositivos, enquanto a corrida por inovações em inteligência artificial acelera. Os avanços em chips, baterias e câmeras tornaram os óculos mais leves, discretos e acessíveis do que tentativas anteriores, como o fracassado Google Glass.

Ainda assim, especialistas apontam limitações. Os modelos atuais da Meta não exibem informações diretamente nas lentes, o que obriga o uso do áudio ou do celular. “Se você quer substituir um smartphone, será que realmente consegue sem algum tipo de feedback visual?”, questiona Guillaume Chansin, da Counterpoint Research.

Desafios e estratégia de longo prazo

Apesar do crescimento, os óculos inteligentes seguem sendo um produto de nicho. A previsão é que o mercado salte de 3,3 milhões de unidades em 2024 para 13 milhões em 2026, segundo a ABI Research — números ainda modestos diante dos centenas de milhões de smartphones vendidos a cada trimestre.

A divisão Reality Labs, responsável pelos óculos e pelos headsets Quest, registrou prejuízo de US$ 4,5 bilhões no segundo trimestre de 2025. Mesmo assim, a aposta pode preparar a empresa para um futuro em que dependa menos de fabricantes como a Apple, com quem Zuckerberg já travou disputas em torno das regras da App Store.

Para analistas, o movimento é estratégico. “Se olharmos para o futuro, talvez os óculos inteligentes se tornem os AirPods do amanhã”, avalia Melissa Otto, da S&P Global Visible Alpha.

Enquanto o metaverso não entregou a revolução prometida, os óculos inteligentes despontam como a nova grande aposta de Zuckerberg para manter a Meta na vanguarda da próxima onda tecnológica.

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