Apenas oito deputados responderam que não receberão a denúncia contra o presidente Michel Temer. Eles são do PMDB, DEM e PP, por exemplo. Caberá à CCJ elaborar um parecer contrário ou favorável à denúncia. Mesmo que a maioria dos integrantes da comissão se manifeste contra, o parecer é encaminhado ao plenário da Câmara onde são necessários pelo menos 342 votos para que a denúncia seja aceita.
Nos corredores do congresso, governistas já fazem o mapeamento dos votos que devem ter dentro da CCJ para conseguir um parecer contrário. Mas, oficialmente, o Planalto evita falar sobre o assunto e a ordem é só se posicionar quando a denúncia chegar. O deputado Carlos Marun, do PMDB, afirmou que não há provas contra Temer e que se a denúncia chegasse hoje, o Planalto teria 300 votos dentro da Câmara, quando precisa de 172.
Um dos que disseram que votarão a favor da renúncia é o deputado Tadeu Alencar, do PSB, partido que era da base, mas agora é oposição ao governo. No entanto, está rachado dentro da Câmara. O deputado diz que não cabe ao parlamento imunizar Michel Temer.
Enquanto isso, o governo se mobiliza para garantir maioria na CCJ. Uma das principais preocupações é com a escolha do relator. É ele quem vai elaborar o parecer acolhendo ou não a denúncia do procurador contra Michel Temer. É o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco, do PMDB, quem escolhe o relator. Entre os cotados, nomes bem alinhados ao Planalto, que prometem ser bem duros no discurso.
Para negociar o apoio da base dentro do Congresso e barrar a denúncia da Procuradoria Geral da República, o presidente Michel Temer tem se reunido com deputados do baixo clero, governadores, e oferecido cargos e emendas para atender os parlamentares fieis ao Planalto.
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