O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dirigiu ao público do velório da ex-primeira-dama Marisa Letícia em um discurso que misturou palavras de homenagem à esposa, da trajetória do casal e um pouco do atual momento dos dois.”Já chorei a quantidade de lágrimas que daria para recuperar a Cantareira”, disse. O ex-presidente relembrou que foi no sindicato dos metalúrgicos que conheceu Marisa em 73 e onde criaram os filhos. “Marisa sustentou a barra para que me transformasse. Ela nunca reclamou”. O corpo será cremado também neste sábado, em São Bernardo.
Lula também reclamou de injustiças feitas à esposa, sem indicar situações específicas. “Dona Marisa morreu triste com maldades que fizeram com ela. Quero provar que os facínoras que fizeram essa maldade com ela tenham a humildade de pedir desculpas.”, disse
Em um ato ecumênico, o Bispo Dom angélico Sândalo Bernardino falou da perseguição sofrida pelo petista e condenou as consequências reforma da Previdência do atual governo. Amigos do presidente homenagearam Marisa Leticia e desejaram força a Lula. O ex-presidente embargou a voz em diversos momentos de sua fala. Lula pouco falou sobre o atual momento político do país. Disse, porem, que não tinha medo de ser preso e que era “eles” que deveriam que as acusações contra eles era verdadeiras. Em nenhum momento disse a quem se referia.
Lula fez uma espécie de mea culpa por sua ausência familiar, sempre distante por causa dos compromissos políticos. “Às vezes eu tenho culpa, ela praticamente criou os filhos sozinhas. Ela foi pai, foi mãe, foi tia, foi tudo e nunca reclamou nada.”
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