Lula cobra rigor e determina expulsão de servidor da CGU acusado de agredir mulher e criança
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou, nesta quinta-feira (25), a abertura de processo interno na Controladoria-Geral da União (CGU) para responsabilização e eventual expulsão do servidor do órgão acusado de agredir uma mulher e uma criança no Distrito Federal. Em tom duro nas redes sociais, Lula classificou o episódio como “covarde” e “inadmissível”, afirmando que o Estado precisa dar uma resposta firme diante de casos de violência. “Não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças, estejam onde estiverem e ocupem as posições que ocuparem”, ressaltou o presidente, reforçando que um servidor público deve ser exemplo de conduta.
A iniciativa de Lula ocorre em meio ao esforço do governo federal para colocar o combate ao feminicídio e à violência contra a mulher no centro da agenda nacional. Na quarta-feira (24), em pronunciamento em cadeia de rádio e TV, o presidente afirmou que o tema será prioridade para 2026 e convocou especialmente os homens a assumirem compromisso com a proteção das mulheres. “Vou liderar um grande esforço nacional envolvendo ministérios, instituições e toda a sociedade”, declarou.
CGU adota medidas e afasta servidor
Na noite de terça-feira (23), a CGU confirmou que já havia iniciado procedimentos administrativos contra o servidor. Entre as medidas adotadas estão:
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abertura imediata de investigação preliminar ética e disciplinar;
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retirada do servidor da função de substituto da chefia imediata;
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proibição de entrada dele em prédios da CGU enquanto durar a apuração.
A Controladoria destacou que os fatos indicam violação grave aos deveres funcionais previstos na Lei 8.112/1990, especialmente quanto à conduta compatível com a moralidade administrativa. Em nota, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, reforçou que a violência não pode ser relativizada. “Não se trata de desentendimento privado. É crime, afronta à lei e à dignidade humana”, afirmou, acrescentando que a esfera criminal caberá às autoridades competentes.
Com a determinação de Lula, a CGU fica pressionada a dar uma resposta rápida e exemplar, em um momento em que o governo tenta transformar discurso contra a violência de gênero em ação concreta.
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