Segundo o petista, que voltou a afirmar, em pronunciamento um dia após sua condenação, que quer se candidatar em 2018, o processo “está ligado ao fato de não quererem que o Lula possa voltar a ser candidato a presidente da República.”
O ex-presidente foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação que envolve o triplex no Guarujá. Na sentença, Moro considerou existirem provas para condenação do petista pelo recebimento de R$ 2,2 milhões de propinas. O ex-presidente, porém, voltou a afirmar que a sentença é uma “peça cheia de inverdades” e que o magistrado “não levou em conta os autos do processo”.
“A Polícia Federal da Lava Jato mentiu, o Ministério Público da Lava Jato mentiu, e o juiz deu uma sentença sem explicação. Ele passa 60 páginas se explicando sobre a sentença sem nenhuma prova”, disse Lula.
Como já disse outras vezes, Lula voltou a afirmar que a prisão de potenciais delatores acaba incentivando os acordos de colaboração premiada. “Uma coisa é o cidadão se apresentar espontaneamente e dizer ‘quero fazer uma delação’. Outra é ver os delatores levando uma vida de nababo”, disse o ex-presidente. “As pessoas estão presas, elas delatam até a mãe.”
Questionado sobre novos nomes no partido, o ex-presidente não citou nenhum possível candidato do PT para 2018 em seu lugar. “Eu não acho que tem que ser eu. Eu tenho condições porque já provei que sou capaz de governar esse País”, afirmou. O petista voltou a dizer que vai pleitear ao partido o direito de ser candidato à Presidência.
Sobre o presidente Michel Temer (PMDB), denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República em junho deste ano, Lula afirmou que o peemedebista “não tem mais qualquer possibilidade de continuar governando”.
“A autoridade moral dele acabou, embora ele tenha uma sustentação na Constituição para estar exercendo o cargo em que ele está. A verdade é que ele não tem mais na sociedade brasileira qualquer possibilidade de governar”, disse o ex-presidente, defendendo que Temer renuncie e convoque eleições diretas para presidente. “O Brasil não pode ficar quase 18 meses esperando uma eleição”, disse.
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