Deputada licenciada seguirá detida em Rebibbia, Roma, e poderá responder ao processo de extradição para o Brasil
A Justiça italiana decidiu, nesta quinta-feira (28), manter a prisão da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que tentava responder ao processo em prisão domiciliar. Ela continuará detida no presídio feminino de Rebibbia, em Roma, desde o fim de julho.
Com a prisão mantida, Zambelli responderá ao processo de extradição, que pode trazê-la de volta ao Brasil.
Na audiência, três juízes avaliaram se as condições de saúde da parlamentar — incluindo depressão, doenças e greve de fome — justificavam sua saída da prisão. Apesar das fragilidades, o laudo médico apontou que ela pode continuar seu tratamento dentro da cadeia.
Segundo a perícia, Zambelli apresenta Síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença rara que afeta músculos e articulações, mas que não apresenta risco fatal nem impede viagens aéreas, caso ocorra a extradição. O laudo destaca que não houve registros de automutilação ou comportamento agressivo durante a detenção.
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão pelo envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela também recebeu mais de cinco anos de pena por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal em São Paulo.