Instituto dos Advogados classifica de ‘irresponsável’ fala do presidente a embaixadores

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O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) divulgou nesta terça-feira (19/7) nota em que critica a atitude do presidente da República em denegrir o processo eleitoral brasileiro perante embaixadores de vários países, em reunião realizada nesta segunda-feira (18/7), no Palácio da Alvorada.

“A manifestação irresponsável do presidente envergonha o País diante da comunidade internacional, desinforma a opinião pública e visa a delinear um cenário de instabilidade institucional, que venha a motivar um inadmissível ato de ruptura constitucional”, afirma a nota, assinada pelo presidente nacional do IAB, Sydney Sanches, e pela Comissão de Defesa da Democracia, das Eleições e da Liberdade de Imprensa.

 

Leia a nota na íntegra:

 

Nota contra as declarações do presidente em reunião com embaixadores

 

O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) vem reafirmar o seu compromisso em defender, de forma intransigente, o processo eleitoral para escolha democrática dos candidatos, por meio do voto eletrônico, que vem sendo consagrado no País e sob a jurisdição exclusiva da Justiça Federal.

Nos países de tradição democrática é dever constitucional de todo chefe de Estado defender as instituições nacionais, a independência dos poderes e os valores da República.

As declarações do presidente da República, proferidas em reunião por ele convocada com embaixadores de vários países, onde repetiu o discurso sem provas e infundado de questionamento ao processo eleitoral e, mais uma vez, atacou os ministros do STF e do TSE, confirmam seu reiterado propósito em deslegitimar os poderes constituídos, as urnas eletrônicas que o elegeram e o papel da imprensa.

A manifestação irresponsável do presidente envergonha o País diante da comunidade internacional, desinforma a opinião pública e visa a delinear um cenário de instabilidade institucional, que venha a motivar um inadmissível ato de ruptura constitucional.

Neste momento sensível da história brasileira, é dever das instituições da sociedade civil defender a lisura do processo eleitoral eletrônico e depositar integral confiança na condução do TSE, a fim de garantirmos a segurança da institucionalidade da transição democrática decorrente do resultado das eleições.

Afirmaremos sempre que é imperativo o respeito ao Estado Democrático de Direito fundamentado na soberania, no exercício da cidadania e no pluralismo político, e não iremos desistir de denunciar e combater qualquer manifestação que venha a alimentar o descrédito às eleições e à democracia.

 

Rio de Janeiro, 19 de julho de 2022.

 

Instituto dos Advogados Brasileiros

Sydney Sanches

Presidente

 

Comissão de Defesa da Democracia, das Eleições e

da Liberdade de Imprensa

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