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Para 2020, a prioridade é a mesma desde o início do mandato do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Ele admite problema muito sério na área de saúde e ao mesmo tempo reconheceu que melhorou muito em relação a como estava no início do ano, “mas continua a ser um problema”. Contudo, ele crê que 2020 é o ano da virada do Distrito Federal e do emprego.
As afirmações foram extraídas da entrevista coletiva após, o chefe do Executivo ter participado da sessão que marcou o início do ano legislativo na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Para ele, 2020 é o ano da virada do Distrito Federal.
Ele citou ações que poderão melhorar a saúde no Distrito Federal. Com os projetos aprovados pela Câmara Legislativa e com os projetos em andamento do Centro Sul, Materno-Infantil e o novo hospital em Ceilândia, “eu acho que a gente consegue dar uma estancada”.
Ibaneis também abordou a questão da segurança, onde, segundo ele, o governo tem que levar delegacias, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar para todas as cidades do DF.
“Não é possível que uma cidade como Sol Nascente e Pôr do Sol que tem 120 habitantes depende integralmente da Ceilândia tanto para o atendimento da saúde quanto para a segurança”, destacou.
Feminicídio
No entendimento de Ibaneis Rocha a linha a seguir é melhorar a segurança e discutir de forma muito clara a questão do feminicídio.
“Eu entendo, pelos estudos que tenho e pelo conhecimento jurídico que eu tenho que nós vamos precisar agravar as penas. Eu mandei um ofício com a sugestão de alteração da legislação ao presidente Bolsonaro, no sentido de que a gente agrave os crimes de antecedentes, para que a gente tenha uma forma de ter um alerta do crime de feminicídio.”
Segundo Ibaneis Rocha outra questão que ser discutida é a forma pela qual é feita a divulgação do feminicídio.
Para ele, como a divulgação tem sido feita, observa-se a omissão de dados. Na visão dele, os dados eles têm que existir, mas da maneira que está sendo feita, está muito parecido como era na época do suicídio.
“A cada momento nós sabemos que o crime é de ódio. Tanto que na grande maioria dos casos, os parceiros terminam se suicidando. Temos que tratar com mais seriedade. O ambiente da Câmara Legislativa é o ambiente adequado para se fazer esse debate. E eu pedi ao presidente da comissão que levasse esse debate adiante para que não possa ter conclusões para ajudar ao governo e a Secretaria de Segurança nessas áreas”, antecipou o governador.
Ibaneis afirmou que 2020 é o ano que se avançará muito no Distrito Federal. Ele lembrou que no ano passado houve muitos embates para resolver na Justiça.
Entre eles, a questão do túnel de Taguatinga foi resolvida. A do hospital oncológico foi resolvido também na Justiça. Com o apoio da Caixa Econômica Federal, temos a questão do viaduto da EPIG que irá sair.
“São inúmeras obras, vocês terão oportunidade de ver. Várias delas já foram começadas na semana passada. A cada trimestre vamos ter um pacote de obras para melhorar a infraestrutura da cidade que ficou abandonada ao longo dos anos. Esse é ano da virada do Distrito Federal e do emprego”, projetou ele.
Segundo Ibaneis foram criadas, com o apoio a Câmara Legislativa, condições econômicas para que o empresariado viesse se instalar no Distrito Federal. Agora está havendo uma resposta dos empresários, procurando a Secretaria de Economia e a área de infraestrutura do GDF.
“Temos uma obra importantíssima que estamos caminhado para solucionar, que é um assunto que tratei durante a campanha, que é questão do Polo JK. Não existe asfalto, não existe energia. Conseguimos, agora,fazer as licitações para resolver o problema do Polo JK, assim como da ADE do Gama e outras ADEs que estavam abandonadas”, esmiuçou o governador.
Em relação aos empresários, Ibaneis Rocha afirmou que proporcionará estrutura para que eles possam voltar a contratar e a crescer.
Fomento para empresários
Aliado a esse projeto econômico, o governador citou o Banco de Brasília (BRB) como fomento para todas essas pequenas micro, pequenas, médias e grandes empresas no Distrito Federal.
“Lançamos há pouco o Programa do Microcrédito para dar emprego a esse grupo de pessoas que está desempregado. E o microcrédito é inteligente porque ele vai aumentar o limite para você reinvestir no seu negócio.”
Ibaneis Rocha afirmou estar muito animado para o ano de 2020, “vai ser um ano de muito progresso no Distrito Federal e certamente o ano que vem a gente vai ter muito a comemorar”.
Crimes violentos
Questionado sobre o número de crimes violentos, Ibaneis Rocha afirmou que há um problema muito sério com esse tipo de crime, principalmente ligado a drogas.
“Esse é um problema seríssimo e mais uma vez eu insisto com o ministro Sérgio Moro para fazer uma parceria com o governo federal. Droga não cai do céu. Droga vem pelas fronteiras. Ela não é fabricada no Brasil. O Brasil não é produtor de drogas. Elas entram pelas fronteiras. As aramas vêm pelas fronteiras e nós precisamos do apoio do governo federal. Quando eu falo essa questão do ministro Moro, ele não tem esse conhecimento e se tem não está usando é exatamente por isso”, provocou o governador do DF.
Grande problema do Brasil
Ele entende que grande problema do país é a utilização de droga, tráfico de entorpecentes, além do contrabando de armas. E, segundo Ibaneis, quem tem que cuidar da questão “é o governo federal, nem sou eu”.
“Eu estou tentando combater um crime que é produzido, exatamente, pela incompetência do governo federal. Então, está na hora de eles assumirem a sua parcela de responsabilidade”, desabafou.
Por sua parte, Ibaneis relatou que convoca reunião com meu secretário de Segurança para efetivar as ações. No momento o governo do DF redimensiona os batalhões da Polícia Militar nessas localidades onde há crimes mais violentos, “montando um programa para os finais de semana, em especial da sexta até o domingo, que é o horário que a grande maioria desses crimes ocorrem”.
Coronavírus
Já com relação a utilização do Hospital das Forças Armadas para receber os brasileiros repatriados da China, o governador afirmou que para essa medida o hospital está bem qualificado.
“Temos que dar atenção a esses brasileiros ou aqueles estrangeiros que estiverem aqui e venham a adquirir o vírus. Estou feliz e apoio a medida e tenho certeza que dentro da nossa capacidade. A Secretaria da Saúde está aqui para ajudar e o Ministério da Saúde naquilo que for possível. Acertada a posição do ministro Mandetta”, reforçou o chefe do executivo.
Foto: Maurício Nogueira/Tudo Ok Notícias
