Hamilton, de Samambaia, tem 23 anos de trabalho social, quer a união de lideranças das comunidades

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Pré-candidato defende que as comunidades elejam seus candidatos para melhorar a qualidade de vida dos moradores. E que é precisar usar a política para transformar também para melhor a comunidade 

 

Hamilton Teixeira dos Santos, mais conhecido como Hamilton Tatu, morador de Samambaia, mas oriundo da Ceilândia, foi à Bahia, anos mais tarde retornou à Capital Federal. Ele é pré-candidato a deputado distrital, em vias de se filiar ao União Brasil, fusão do PSL com DEM.

Casado, pai de dois filhos, e com um neto, ele se sente baiano “nato”, porque nasceu em Brasília, ficou com apenas 22 dias e foi levado pelos pais para a Bahia. “A família toda é baiana”, resume ele.

Para Hamilton Tatu, a política é um instrumento de transformação dentro da comunidade. No entanto, com possibilidade maior se for cidadão que vive na comunidade. Ele sabe que muitas pessoas não acreditam nos seus dentro da comunidade. “Eles acreditam em quem chega na reta final da eleição, vende sonhos e são votados. Não dá mais para acreditar nisso.”

Na opinião de Tatu, o político profissional vai sendo desvendado. “Não adianta o cara ser político por ser político”, pontuou.

Para ele, os “os candidatos que vêm do Plano Piloto, dia após dia, já manobram para que os filhos, os netos, para que eles herdem o cargo de pai para filho, neto, bisneto e não é assim que funciona.”

As principais bandeiras do pré-candidato são esporte, lazer e social. Tatu contou que vive no terceiro setor e atua em projetos sociais há 23 anos.

Atual presidente nacional do Movimento Junino do Brasil. Tem um grupo de quadrilha junina chamado Pau Melado, sete vezes campeão brasileiro. Trata-se do grupo que mais concurso brasileiro venceu até hoje, segundo ele. Também é defensor da cultura e do esporte como meio de resgatar pessoas em situação de fragilidade.

Tatu passou da quadrilha junina a comandar, há 22 anos, o Instituto Sociocultural Amigos do Bem (ISABEM), uma das três maiores entidades do Brasil.

“Hoje, nós temos aqui balé, judô, jiu-jitsu, entre 12 modalidades socioculturais todas funcionando no contraturno das aulas escolares, gratuitamente, por acreditar que, através do esporte, da cultura é possível fazer o resgate de crianças e adolescentes, transformar a sociedade”, detalhou Tatu.

O Instituto atinge cerca de 1.200 alunos de três anos de idade até 80 anos. Com modalidades capoeira, ginástica da terceira idade, mas o foco mesmo é na criança e no adolescente.

O Amigos do Bem é guarda-chuva de todas as atividades, esportivas, passando pela dança de quadrilha e demais expressões culturais.

Para se ter uma ideia de quanto é forte o trabalho na questão social, foram doadas por intermédio do Amigos do Bem, 400 toneladas desde 21 de março de 2020 até agora.

Tatu obteve 3 mil votos em 2010, quase 5 mil votos em 2014 e aproximadamente 9 mil votos em 2018. Ele informou que é o candidato mais votado em Samambaia.

Voto da comunidade

Assim mesmo, ele contou que já ouviu em rodas de amigos, “eu não voto em você não porque eu sei que quando ganham vão embora”. Então em resposta Tatu: “Então me aponte na comunidade que você conhece, que já ganhou, que foi embora e não fez nada e foi embora. Eu fico sem resposta.”

O pré-candidato vai além: “Você usa de mecanismo de alguém que você ouviu falar de algum lugar, que alguém ganhou a eleição, foi embora e não voltou.” Aí, eu falo assim: ‘Quem é que faz isso? Com todo o respeito, é a elite do Plano Piloto, que de quatro em quatro anos volta.”

“17 de janeiro”

Segundo Tatu, o período entre uma eleição e outra serve para o candidato profissional se organizar, depois chegar à comunidade apenas para vender sonhos.

“É o que eu chamo aqui de ‘17 de janeiro’. Para não chamar de 171 eu chamo de ‘17 de janeiro’. 17, mês um, 171″, explicou.

Na opinião de Tatu, essas pessoas estão programadas para te enganar, esse tipo de candidato teve que gastar o dinheiro dele, ou do partido, colocar um monte de gente na rua etc. “Automaticamente, quando eles fazem isso, e que eles chegam ao poder não irão lembrar das bandeiras que eles tanto plantaram.”

Ele acredita que quando é um candidato da comunidade e tem uma bandeira cravada, só vai desviar do que é certo se tiver um sentimento mau. “Esse sentimento só vai reinar durante quatro anos. A mesma comunidade que votou nele é quem irá votar para a reeleição dele, ou não”, argumentou.

Do início de março para cá na pandemia, o que mais surgiram foram institutos socioculturais e que muitos paralisarão as atividades após o término da pandemia. Tatu ressalta, que no caso dele, são 22 anos de projeto social. E o Instituto continuará com as atividades para atender a comunidade com pandemia ou não.

Da quadrilha ao ISABEM

 

 

 

 

 

 

 

Ao fundar a quadrilha junina em 2001, não tinha ideia de que atenderia à comunidade, mais tarde, com maior abrangência.

Em 2008, segundo Tatu, ele próprio percebeu que muitas pessoas não queriam entrar na quadrilha junina ou seus pais não deixavam os jovens dançarem.

Depois da fundação do Instituto, ele notou que várias crianças tiveram liberdade para ter uma gama maior de atividades, às quais elas mais se identificaram, mostrando a importância da entidade para a comunidade.

União das comunidades

Tatu deixa um recado para as pessoas que moram em comunidades menos favorecidas, referente a muitas pessoas carentes que não votam em quem é da comunidade.

“A liga (para se ter voz forte na Câmara) só irá se dar quando as comunidades acreditarem nos seus candidatos. Quando Samambaia tiver um seu candidato ou liderança, quando o Recanto tiver uma delas, Paranoá, Varjão, quando as comunidades de fato tiverem seus representantes, aí você vai fazer um contraponto dentro da Câmara”, acentuou ele.

“Dos 24 distritais, se forem colocadas 10 grandes lideranças na Câmara Distrital, unidas lá dentro, elas vão conseguir aprovar o que quiserem. Aquilo que nunca chegou dentro da comunidade, passa a chegar, porque você tem lá dentro 10 guerreiros que vieram das comunidades, das cidades-satélites. A linha que defendo é essa”, complementou.

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