FGV Arte e IDP inauguram exposição sobre a arte do planalto no Museu Nacional de Brasília

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
[views count="1" print= "0"]
Foto: Divulgação
[tta_listen_btn listen_text="Ouvir" pause_text="Pause" resume_text="Retomar" replay_text="Ouvir" start_text="Iniciar" stop_text="Parar"]

 

Com apoio do Museu Nacional da República, a mostra aborda o surgimento de Brasília como uma obra de arte coletiva e reúne mais de 200 obras de 128 artistas

 

A exposição Brasília, a arte do planalto, com curadoria de Paulo Herkenhoff e cocuradoria de Sara Seilert, será inaugurada na quarta-feira, dia 25 de setembro, às 19h, no Museu da Nacional da República, em Brasília. Realizada pela FGV Arte, espaço experimental e de pesquisa artística da Fundação Getulio Vargas, em parceria com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), a mostra fica aberta até o dia 24 de novembro.
Sucedendo Brasília, a arte da democracia, exposição realizada no Rio de Janeiro de abril a agosto, a nova mostra retrata a história da cultura artística do planalto, sua diversidade e complexidade e seus desdobramentos contemporâneos. Enquanto a exibição carioca tratava da passagem da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília, junto da consolidação das estruturas republicanas, a que será exposta no Museu Nacional da República aborda a dimensão estética do surgimento de Brasília, entendida como uma obra de arte coletiva. Ao mesmo tempo, põe em destaque um elenco de agentes culturais da capital e das cidades-satélites.

“A conceituação dessa mostra perfaz um arco histórico, desde a criação da cidade até os atuais movimentos em defesa da democracia e da liberdade. Se Brasília é uma epopeia notável no plano internacional, sua história da cultura se desdobra, ao longo de seis décadas, em brasilienses e brasileiros de todos os recantos”, descreve Paulo Herkenhoff.
Expande também o olhar para o hoje e para a arte que é feita no Centro-oeste, mais especificamente nesta região do planalto central brasileiro onde há mais de sessenta anos foi instalada Brasília. Além disso, esse projeto é uma homenagem à escritora Vera Brant, uma das habitantes pioneiras na capital. Sua amizade com figuras centrais da história brasileira, como o antropólogo e fundador da UnB, Darcy Ribeiro, o presidente Juscelino Kubitscheck e o poeta Carlos Drummond de Andrade reforçam a centralidade e importância de Brant na construção das relações sociais da cidade capital.
A ideia que direcionou Brasília, a arte do planalto foi a de reproduzir uma grande festa do olhar, mostrando que a capital federal, que não se reduz à sua esfera política, é intensa, ampla e surpreendente. “Essa mostra significa também um encontro entre dois olhares curatoriais. Porque agora nós unimos os olhares a Sara Seilert, que dirigia o Museu Nacional da República, e eu. Então nós buscamos produzir um olhar sobre Brasília. Assim, já não é mais apenas um olhar de fora”, afirma o curador.

 

Exposição

Com uma quantidade impressionante de artistas, desde os já consagrados no mercado da arte até os contemporâneos, a mostra reúne mais de 200 itens.

 

 

De Vik Muniz | 8 de janeiro

 

A exibição conta com documentos históricos, como o diploma de candango – conferido aos operários que levantaram a nova cidade por Juscelino Kubitschek, presidente do Brasil de 1955 a 1961, responsável pela construção de Brasília e a transferência do poder do Rio de Janeiro para o planalto central; o croqui do plano piloto assinado por Lúcio Costa; e o manuscrito de Oscar Niemeyer sobre o monumento JK.
Esse projeto representa, segundo os curadores, “a diversidade da arte contemporânea do Distrito Federal”, assim como o seu processo histórico e espontâneo. Ao visitar a mostra, o público é convidado a compreender a região geográfica em toda a sua potência criativa.
Localizado na Esplanada dos Ministérios, o Museu Nacional da República, intencionalmente escolhido para acolher a exposição Brasília, a arte do planalto, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado em 2006. Sua edificação monumental tem formato semiesférico, com a cúpula medindo 25 metros de raio, tendo a base 35,55 metros de raio, e 26,25 metros de altura.
Artistas [ordem alfabética]:

Adriana Vignoli; Adriane Kariú; Adriano e Fernando Guimarães; Ailton Krenak; Alberto da Veiga Guignard; Alessandra França; Alfredo Ceschiatti; Alfredo Fontes; Alice Lara; Antonio Obá; Athos Bulcão; Bené Fonteles; Benjamin Silva; Bento Viana; Bernardo Figueiredo; Betty Bettiol; Bruno Faria; Bruno Giorgi; Caio Reisewitz; Camila Soato; Candida Höfer; Carppio de Morais; César Becker; Chico Amaral; Christus Nóbrega; Cildo Meireles; Clarice Gonçalves; Dadá do Barro; Daiara Tukano; Danyella Proença; Dirceu Maués; Edu Simões; Elder Rocha; Evandro Prado; Evandro Salles; Fernando Lindote; Francisco Galeno; Frans Krajcberg; Fred Lamego; Fulvio Roiter; Gabriela Biló; Gê Orthof; Glênio Bianchetti; Gregório Soares; Grupo Poro; Gu da Cei; Guy Veloso; Hal Wildson; Hassan Bourkia; Helô Sanvoy; Isabela Couto; Ismael Monticelli; João Angelini; João Trevisan; Joaquim Paiva; Jonathas de Andrade; Josafá Neves; José Ivacy; José Roberto Bassul; Juvenal Pereira; Kazuo Okubo; Kurt Klagsbrunn; Lêda Watson; Leo Tavares; Leonardo Finotti; Luciana Paiva; Lucio Costa; Luiz Alphonsus; Luiz Cancio; Luiz Mauro; Marcel Duchamp; Marcela Campos; Marcio Borsoi; Maria Bonomi; Maria do Barro; Maria Martins; Marianne Peretti; Mary Vieira; Miguel Rio Branco; Milan Dusek; Milton Guran; Milton Ribeiro; Nelson Maravalhas; Nicolas Behr; Orlando Brito; Oscar Niemeyer; Osvaldo Carvalho; Patrícia Bagniewski; Paulo Bruscky; Paulo Roberto Santos; Paulo Werneck; Pedro Motta; Quinca Moreira; Rafael Prado; Raissa Studart; Ralph Gehre; Regina Pessoa; Reynaldo Candia; Ricardo Stuckert; Roberto Burle Marx; Roberto Polidori; Rochelle Costi; Romulo Andrade; Rosângela Rennó; Rubem Valentim; Sebastião Reis; Sergio Adriano H; Sergio Augusto Porto; Sergio Rodrigues; Sérgio Veja; Severina Gonçalves; Shevan Lopes; Siron Franco; Talles Lopes; Todd Eberle; Tomas Kellner; TT Catalão; Usha Velasco; Vik Muniz; Vitor Schietti; Wagner Barja; Wagner Hermuche; Walter Sanches; Wilson Piran; Xadalu Tupã Jekupé; Xico Chaves; Zanine Caldas; e Zuleika de Souza.
O curador também analisa a capital federal como um lugar feminino, que parte da inspiração de Vera Brant a grandes nomes que participaram de sua criação e história. “Eu acho que tem esse olhar sobre a arte produzida por mulheres, sobretudo as esculturas que eu estou reunindo, e a voz crítica de mulheres”, ressalta Herkenhoff.

 

De Daiara Tukano| A queda do céu e a mãe de todas as lutasa-imagem-dos-povos-originários-artistas-indígenas-para-conhecer

 

Brasília, a arte do planalto traz referência às mulheres indígenas, com suas técnicas tradicionais de cerâmica, porque cabia às mulheres fazer cerâmica nas sociedades indígenas do Centro-Oeste. Mas também aborda uma belíssima coleção de Maria Martins, pois Brasília foi a cidade que melhor colocou a escultora e desenhista no imaginário e na cena brasileira.

 

Inspiração e homenagem:

Vera Brant (1927-2014) era mineira de Diamantina. Mudou-se para Brasília em 1960 e nunca mais saiu de lá. Era confidente de JK, amiga de políticos, diplomatas e artistas. Ajudou Darcy Ribeiro a fundar a Universidade de Brasília, trocava cartas com Carlos Drummond de Andrade, reunidas em um dos seus vários livros publicados. Perdeu seu cargo público durante a ditadura militar de 1964 e se tornou empresária do mercado imobiliário.

 

De Christus Nóbrega | Vera Brant, imagem gerada por IA

 

“Ela foi o primeiro e generoso periscópio para enxergar Brasília como uma rede extratemporal e extraterritorial”, conta Herkenhoff. Vera teceu Brasília, unindo JK, Niemeyer, Athos Bulcão, Darcy Ribeiro, Wladimir Murtinho, UnB, Gilmar Mendes, Zanine Caldas, Rubem Valentim e Galeno.
A mobilidade de Vera Brant por campos de ação tão variados guiou o grupo curatorial a perceber que Brasília, além do campo predominantemente masculino do poder, é uma cidade feminina. A exposição inclui o grupo de mulheres escultoras de Brasília – Maria Martins, Mary Vieira, Marianne Peretti, as ceramistas Karajá, até o núcleo de artesãs e escultoras de Planaltina.
Em cartaz até novembro de 2024, Brasília, a arte do planalto está aberta ao público de terça-feira a domingo, das 9h às 18h30. Entrada franca.

 

 

FGV Arte

Localizada na sede da FGV, em Botafogo, no Rio de Janeiro, a FGV Arte é um espaço voltado à valorização, à experimentação artística e aos debates contemporâneos em torno da arte e da cultura, buscando incentivar o diálogo com setores criativos e heterogêneos da sociedade.

fgv.arte
fgvarte.com.br
arte@fgv.br

 

IDP

 

O Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) é um centro de excelência no ensino, pesquisa e extensão com sedes em Brasília e São Paulo. Criado há mais de vinte anos, é uma das instituições de ensino superior mais respeitadas do Brasil, contribuindo diretamente para as transformações sociais, políticas e econômicas do nosso país.

sejaidp
idp.edu.br
eventos.idp@idp.edu.br

 

Museu Nacional da República – Brasília

O Museu Nacional da República é um equipamento cultural sob gestão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, sem fins lucrativos, a serviço da comunidade e do seu desenvolvimento. O Museu tem como missão promover as artes visuais para todos os públicos, de forma dialógica, e ser um espaço de incentivo a curiosidade, sensibilização do olhar e produção de conhecimento, por meio de ações de formação do acervo, salvaguarda, pesquisa, comunicação e educação.

 

Serviço:

Exposição

Brasília, a arte do planalto

 

Museu Nacional da República Brasília — DF

Setor Cultural Sul, Lote 2
Próximo à Rodoviária do Plano Piloto | Brasília – DF
Terça-feira a Domingo, das 9h às 18h30

Entrada gratuita
Em cartaz até 24 de novembro de 2024

Mais lidas

Senac abre vagas para instrutores em áreas...
Ibaneis Rocha sanciona nova lei dos táxis ...
Outubro Rosa do Sesc-DF leva saúde e preve...
...