Ex-presidente do STF cobra ação de governadores na greve de caminhoneiros

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O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso afirmou neste sábado (9), em Belo Horizonte-MG, que faltou atitude dos governos estaduais para ajudar a conter a crise causada no país pela greve dos caminhoneiros. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e representantes dos caminhoneiros marcaram para as 9h de segunda-feira (11) uma nova reunião, em Brasília, de caráter técnico, para discutir o tabelamento do preço mínimo para o frete rodoviário.

Velloso foi palestrante no 9º Encontro Anual de Advogados em Belo Horizonte-MG, no qual a presidente do STF Cármen Lúcia também era esperada. Apesar de o evento estar na agenda oficial da ministra, ela não compareceu.  Em relação ao pacto federativo e ao sistema tributário, o ex-ministro colocou o ICMS, que é um imposto estadual, como maior culpado pelos altos preços dos combustíveis e chamou os governadores à responsabilidade.

“Nenhum estado se mexeu, os governadores não se mexeram, falaram não é (problema) meu, quando o filho era deles também”, afirmou Velloso. Segundo o ex-ministro, a inércia dos estados também se deve ao estado de crise financeira que eles atravessam.

“É preciso que o grande homem público enfrente isso e não apenas dizer ‘eu estou sem dinheiro para pagar servidor’. Isso não é resposta de um grande homem público”, afirmou, se referindo ao governador Fernando Pimentel (PT).

O ex-ministro do STF ainda criticou a carga de ICMS sobre os combustíveis de Minas Gerais, que para ele é “alta demais” e defendeu uma reforma tributária que possa equilibrar as alíquotas.

Segundo ele, o brasileiro paga cerca de 40% de carga tributária e os estados e municípios não oferecem um serviço à altura. Ele defende a redução do tamanho do estado, com a extinção de cargos públicos à medida em que os titulares forem se aposentando como forma de melhorar as contas do país. “Precisamos ter alguém com a lucidez de assumir que o estado brasileiro é grande demais”, disse.

Outro ponto destacado por Velloso foi a ausência de investimento em ferrovias como um problema estrutural que, para ele, ajudou a agravar a crise por causa da greve dos caminhoneiros. “Um trem trafegando com 50 vagões faz o trabalho de quantos caminhões? É muito mais barato. É preciso que sejam recuperadas as ferrovias, que continuam em grande parte abandonadas”, disse. Com informações do Estado do Minas.

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