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Evento da Secretaria de Saúde do DF promove integração entre profissionais, gestores e estudantes para fortalecer a assistência odontológica inclusiva no SUS
Cirurgiões-dentistas, técnicos em saúde bucal e estudantes de odontologia participaram, nesta semana (29), do 1º Diálogo pela Saúde Bucal da Pessoa com Deficiência (PcD), promovido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). O evento teve como objetivo discutir estratégias para aprimorar a assistência odontológica inclusiva na rede pública, garantindo acesso equitativo e qualificado aos pacientes com deficiência.
Na abertura, a gerente de Odontologia da SES-DF, Daniela Marques, destacou que o atendimento odontológico às pessoas com deficiência deve assegurar acolhimento, cuidado integral e encaminhamento adequado em todos os níveis de atenção. “É um trabalho contínuo que fortalece a política de inclusão e amplia a humanização do SUS”, afirmou.
O coordenador-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Edson Hilan Gomes, reforçou que a equidade é um princípio essencial nas ações da rede. “A política nacional Brasil Sorridente busca garantir o cuidado a quem mais precisa, oferecendo mais a quem necessita mais. Este espaço é uma oportunidade de fortalecer parcerias e ampliar o apoio às ações desenvolvidas no DF”, destacou.
O encontro contou ainda com representantes do Conselho Regional e Federal de Odontologia (CRO e CFO), do Conselho de Saúde do DF (CSDF), da Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEP-DF), do Sindicato dos Odontologistas do DF (SODF), entre outras entidades.
Programação e debates
A programação incluiu palestras, rodas de conversa e apresentações de experiências exitosas em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (OPNE) no SUS. Uma oficina interativa reuniu profissionais e estudantes para elaborar propostas de melhoria nos serviços oferecidos pelas unidades públicas de saúde bucal.
“Queremos apresentar às autoridades as principais dificuldades enfrentadas no dia a dia do atendimento e propor caminhos para um serviço mais acessível e acolhedor”, explicou Fabiana Montandon, cirurgiã-dentista da SES-DF e especialista em OPNE.
A professora da Universidade de Brasília (UnB), Bruna Lavinas, ressaltou o impacto da inclusão inédita da disciplina optativa de OPNE na grade curricular da instituição. “Quando o estudante compreende, ainda na graduação, as particularidades do cuidado à pessoa com deficiência, ele desenvolve empatia, preparo técnico e sensibilidade social”, afirmou.
Idealizado e organizado por servidores da SES-DF que atuam na assistência, o evento teve apoio da UnB e de alunos do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac).
Serviço
O Distrito Federal conta atualmente com 14 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) que oferecem atendimento às pessoas com deficiência, sendo 12 sob gestão da SES-DF. O acesso aos serviços ocorre por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde o paciente é acolhido, avaliado e, quando necessário, encaminhado à assistência especializada pelo Sistema de Regulação.
