CPMI do INSS manda prender ex-coordenador por mentir à comissão

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Ex-coordenador-geral de Pagamento de Benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva Foto: Carlos Moura/Agência Senado
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CPMI do INSS prende ex-coordenador por suspeita de mentir à comissão; Carlos Viana cita irregularidades desde 2021 e pede prorrogação dos trabalhos até 2026

 

 

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou na madrugada desta terça-feira (2) a prisão em flagrante de Jucimar Fonseca da Silva, ex-chefe das áreas de Pagamento de Benefícios e de Consignação do INSS. A decisão ocorreu após uma sessão de cerca de nove horas.

Viana afirmou que Jucimar mentiu à comissão ao contestar sua convocação e ao fornecer informações imprecisas sobre datas de acordos de cooperação técnica. “O senhor está preso por calar a verdade”, declarou o senador ao encerrar o depoimento. A Polícia Legislativa conduziu o investigado para lavratura do flagrante.

Em entrevista após a sessão, Carlos Viana disse que Jucimar foi avisado de que o comparecimento à CPMI era obrigatório e que não poderia apresentar atestados médicos sem se submeter à perícia. O presidente também afirmou que o ex-coordenador insistiu, durante o depoimento, que só passou a emitir pareceres técnicos a partir de 2023 — informação já desmentida pela investigação, que aponta atuação desde 2021. “O tempo da paciência com quem vem mentindo à CPMI acabou”, declarou.

Jucimar é investigado pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, acusado de autorizar descontos associativos e de crédito consignado mesmo diante de indícios de irregularidades. Ele também assinou nota técnica que liberou, em lote, descontos para a Contag, entidade envolvida no esquema.

No depoimento, buscou se distanciar das suspeitas e afirmou desconhecer as irregularidades, alegando atuar sob orientação da hierarquia do INSS. Convocado para explicar a liberação de descontos em massa na folha de aposentados e pensionistas, ele havia faltado a duas convocações anteriores. Nesta ocasião, foi localizado próximo a Manaus e conduzido coercitivamente ao Congresso.

Carlos Viana adiantou ainda que pedirá a prorrogação dos trabalhos da CPMI até maio de 2026 — o prazo atual se encerra em março.

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