Contarato toma o volante da CPI e promete “medo no crime”

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
[views count="1" print= "0"]
Senador Fabiano Contarato (PT-ES)- (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
[tta_listen_btn listen_text="Ouvir" pause_text="Pause" resume_text="Retomar" replay_text="Ouvir" start_text="Iniciar" stop_text="Parar"]

 

Com vitória apertada sobre Flávio Bolsonaro, senador do PT promete atuação firme e independente no combate às milícias e facções criminosas

O colegiado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a atuação do crime organizado e das milícias no Brasil elegeu, nesta terça-feira (4), o senador Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente da comissão. A vice-presidência ficou com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), e a relatoria será conduzida por Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento que originou a investigação.

Contarato venceu a disputa por 6 votos a 5, superando os nomes de Jaques Wagner (PT-BA) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O resultado foi interpretado como uma vitória política para a base governista, que conseguiu consolidar maioria mesmo diante da resistência da oposição.

A sessão de instalação foi presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), o mais velho entre os integrantes do colegiado, responsável por conduzir a eleição. Otto rebateu críticas de parlamentares da oposição, que alegaram suposta “blindagem” do governo nas investigações.

Durante a reunião, Contarato recebeu elogios de senadores de diferentes partidos, que destacaram seu perfil técnico e sua trajetória na área de segurança pública. Delegado da Polícia Civil por 27 anos, o senador capixaba afirmou que conduzirá os trabalhos com independência e transparência.

“A segurança pública não deve ser uma pauta apenas da direita, nem uma bandeira exclusiva de conservadores. É um direito do povo e um dever do Estado. Enquanto eu estiver na presidência dessa CPI, o medo não faltará ao debate sobre o crime. A verdade será a protagonista”, declarou.

A CPI foi criada em junho deste ano, mas sua instalação foi adiada pela demora na indicação dos membros. A retomada ganhou força após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos e reacendeu o debate sobre o avanço das facções criminosas no país.

O colegiado terá prazo de funcionamento de 120 dias, com custo estimado em R$ 30 mil, e deverá concentrar esforços em investigar a estrutura, o financiamento e a influência política de milícias e facções em diferentes estados.

Além de Contarato e Mourão, a comissão reúne parlamentares de diferentes espectros ideológicos, prometendo embates intensos e ampla repercussão política nas próximas semanas.

Mais lidas

Detran flagra aluno que quis “adiantar” a ...
PMB e Luis Miranda declaram apoio a Celina...
Zucco mira Lula e diz que luxo flutua enqu...
...