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Operação disco de ouro: Cantor Alexandre Pires e empresário investigados por suposto envolvimento em garimpo ilegal em terras indígenas
O renomado cantor Alexandre Pires e seu empresário, Matheus Possebon, estão no centro de uma investigação da Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento em atividades de garimpo ilegal em terras indígenas. A Operação Disco de Ouro resultou em buscas em endereços ligados aos artistas nesta segunda-feira, 4.
A investigação aponta que o cantor teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora sob investigação, enquanto o empresário é suspeito de financiar o garimpo na Terra Indígena Yanomami, sendo considerado um dos “responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes”, conforme a PF.
Alexandre Pires, famoso por seu sucesso nos anos 1990 com o grupo Só Pra Contrariar, teria se beneficiado financeiramente do esquema, que foi descoberto após a apreensão de quase 30 toneladas de cassiterita extraída ilegalmente em janeiro de 2022. A investigação revelou um esquema para dar aparência de legalidade ao garimpo, com a cassiterita declarada como originária do Rio Tapajós, embora extraída no território yanomami, em Roraima.
A PF identificou uma complexa rede de pessoas e empresas envolvidas nas operações fraudulentas, abrangendo desde pilotos de aeronaves até postos de combustíveis e lojas de equipamentos para mineração. A operação resultou em dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão, além do bloqueio de até R$ 130 milhões em bens dos investigados.
A assessoria de Alexandre Pires não havia fornecido um posicionamento até a publicação deste texto. A investigação prosseguirá com a análise do material apreendido.
