PlanGeo prioriza minerais estratégicos e sustentabilidade, com ampla participação da sociedade civil
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulga, em sua página na internet, o relatório final do Plano Decenal de Pesquisa de Recursos Minerais – PlanGeo 2026–2035. A iniciativa apresenta os projetos prioritários da instituição para os próximos dez anos no levantamento e avaliação de áreas potenciais para recursos minerais, com foco especial em minerais críticos e estratégicos voltados à transição energética, segurança alimentar, sustentabilidade mineral e minerais industriais.
O planejamento inclui 145 áreas a serem trabalhadas, considerando a manutenção do patamar atual de disponibilização orçamentária, com foco em minerais críticos e estratégicos como terras raras, lítio, cobre, níquel, manganês, grafita, estanho, ouro, fosfato e potássio. A priorização das áreas contou com consulta pública.
“O PlanGeo, alinhado às diretrizes do MME, é um plano estratégico que ampliará o conhecimento sobre o potencial mineral do Brasil. Em um cenário global competitivo, fortalecer a capacidade de identificar e avaliar minerais estratégicos é uma necessidade para garantir soberania, atrair investimentos e inserir o país de forma mais robusta nas cadeias globais de valor”, destacou o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.
Construção do PlanGeo
Prevista na Portaria Normativa nº 72/GM/MME (2024), a consulta pública representou um espaço efetivo de interação com a sociedade, permitindo alinhar os investimentos aos interesses nacionais. “A participação social fortaleceu o planejamento e nos ajudou a construir uma carteira de projetos mais realista e conectada com as expectativas da população e dos setores produtivos”, destaca a chefe do Departamento de Recursos Minerais (DEREM), Maisa Abram.
Com base nas contribuições recebidas, a equipe técnica do SGB realizou uma análise dos projetos mais votados por bloco temático, promovendo ajustes de priorização e viabilidade. “Projetos que antes demandavam ampliação significativa de equipe e orçamento foram reclassificados como viáveis dentro da estrutura atual, o que reforça a capacidade de execução do SGB”, explica a pesquisadora.
Além da reclassificação de cenários e priorização dos projetos já existentes, a consulta resultou na inclusão de cinco novas propostas relacionadas a áreas e substâncias minerais. A versão final do PlanGeo 2026–2035, que agora passa a guiar os investimentos em pesquisa mineral do país, incorpora também recomendações técnicas do Ministério de Minas e Energia. “A carteira final reflete um esforço conjunto entre o SGB, a sociedade e o governo para que a pesquisa mineral brasileira avance com foco em inovação, segurança estratégica e desenvolvimento sustentável”, conclui Maisa Abram.
Clique aqui para acessar ao relatório final do PlanGeo 2026-2035.