A internacionalização da Amazônia, sugerida por Emmanuel Macron, é uma das batidas que Bolsonaro repudia ao rejeitar recursos do grupo de países ricos
O Palácio do Planalto informou na noite desta segunda-feira, 26, que rejeitará ajuda de US$ 20 milhões, equivalente a R$ 83 milhões, prometidos pelo G-7, o grupo de países mais ricos do mundo, para auxiliar no combate a incêndios na Amazônia.
O Planalto não informou o motivo para recusar os valores. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ministros têm dito que não há anormalidade nas queimadas e que países europeus tentam fragilizar a soberania do Brasil sobre a floresta.
A informação do Planalto, no entanto, contradiz o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que mais cedo disse que a ajuda do G7 era “bem-vinda”. Bolsonarovoltou a se reunir nesta segunda com ministros para tratar dos incêndios na floresta. Após a conversa com o presidente, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo disse que a situação na Amazônia está controlada e que cerca de 2.700 militares das Forças Armadas estão prontos para atuar na região.
Ainda nesta segunda, o governo teve novo embate com o presidente da França, Emmanuel Macron, que falou sobre conferir status internacional à floresta. “Sobre a Amazônia falam brasileiros e as Forças Armadas”, rebateu o porta-voz da Presidência, general Rêgo Barros.
Bolsonaro informou nesta segunda-feira que discutiu com o presidente da Colômbia, Iván Duque, um “plano conjunto” entre os países com territórios cobertos pela floresta amazônica para garantir a “soberania e riquezas naturais” da região.
Duque abordou o tema no domingo, quando anunciou que levará à Organização das Nações Unidos (ONU) uma proposta de pacto regional de conservação da floresta.
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