Bolsonaro nega recuo e diz que data de indicação depende de Eduardo

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
[views count="1" print= "0"]
O filho mais velho de Jair Bolsonaro, o deputado estadual, Flávio Bolsonaro, concede entrevista aos jornalistas.
[tta_listen_btn listen_text="Ouvir" pause_text="Pause" resume_text="Retomar" replay_text="Ouvir" start_text="Iniciar" stop_text="Parar"]

Ontem, o próprio deputado federal declarou que sua indicação estava mantida

 

Após ter sinalizado um recuo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (21) que está mantida a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o posto de embaixador nos Estados Unidos.

Na entrada do Palácio da Alvorada, ele disse que o nome do filho será apresentado quando o próprio parlamentar avaliar que é o momento certo e que o papel dele será apenas de “usar a caneta Bic”, ou seja, assinar a indicação.

Para ser efetivado, o nome do parlamentar precisa ser apreciado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado e aprovado por mais da metade dos votos dos presentes em votação no plenário.

“Ele vai ser apresentado ao Senado. Vai ser. Não tem recuo. É o momento certo. E o Eduardo está estudando, está se preparando”, disse.

O presidente voltou a chamar os veículos de imprensa de “urubu” e disse que eles acompanharão a sabatina do filho, que, na avaliação dele, precisará ter um desempenho melhor do que teria um chanceler.

“Vai ser uma sabatina em que todos vocês [jornalistas] estarão lá, todos sem exceção, é igual urubu na carniça, né? Vai estar todo mundo lá de olho. E ele tem de fazer uma sabatina melhor do que se fosse o [chanceler brasileiro] Ernesto Araujo”, afirmou

Perguntado quando oficializaria Eduardo, Bolsonaro disse que pode indicar o filho em setembro, após o Dia da Independência, mas reafirmou que a decisão é dele.

“Talvez setembro, após a Semana da Pátria. Essa pergunta tem de fazer ao Eduardo, ele que vai sentir o timing. Apenas vou usar a caneta Bic”, disse.

As sondagens informais realizadas pelo Palácio do Planalto apontam hoje um placar apertado e desfavorável para a aprovação do filho do presidente.

Para tentar reverter o quadro, Eduardo pretende intensificar até a metade de setembro encontros reservados com senadores indecisos.

Para formalizar a indicação, o Palácio do Planalto tem trabalhado por uma margem de pelo menos cinco votos de vantagem em plenário. Ou seja, garantir um apoio de 46 dos 81 senadores, reduzindo, assim, o risco de derrota.

Para evitar surpresas, Bolsonaro tem tentado viabilizar junto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), uma votação aberta, apesar de o regimento prever o voto secreto.

Caso o Planalto não consiga obter uma vantagem segura até a primeira quinzena de setembro, o presidente avalia segurar a indicação para o início de outubro.

Ele quer evitar que uma eventual derrota crie um constrangimento internacional às vésperas da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). A abertura, que terá discurso de Bolsonaro, ocorrerá no dia 24.(DP)

Mais lidas

PL endurece penas por uso de drones
TSE julga pedido de cassação do mandato de...
Caiado articula governadores para endurece...
...