TRE-DF barra “bonecão” de Arruda e expõe tentativa precoce de disputar narrativa eleitoral
O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) determinou a retirada de um “bonecão” do ex-governador José Roberto Arruda das ruas do DF, classificando a ação como propaganda eleitoral antecipada. A decisão, assinada neste sábado (20) pelo juiz Sérgio Xavier de Souza Rocha, reforça que campanhas só podem começar oficialmente a partir de 15 de agosto do ano eleitoral — e que o desrespeito às regras pode resultar em multa diária de R$ 3 mil.
O episódio não é apenas curioso; é revelador. Em meio a um cenário jurídico instável, Arruda tenta manter viva sua imagem pública e reconstruir capital político, mesmo com a decisão recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve condenação por improbidade administrativa e, em tese, o deixa inelegível. Ainda assim, aliados insistem em reacender seu nome no debate público, testando limites legais e sociais.
O “bonecão” circulou pelas ruas em dezembro, acompanhado de palavras de ordem e convite para ato de filiação partidária, evidenciando não apenas estratégia de marketing político disfarçada de manifestação espontânea, mas também o uso simbólico da nostalgia como ferramenta eleitoral. A decisão do TRE foi provocada por ação do PRTB, baseada em vídeo divulgado em rede social no dia 13, em que apoiadores pediam o “volta, Arrudão”.
Ao proibir a exibição do boneco, a Justiça Eleitoral reafirma um ponto fundamental: regras democráticas valem para todos — inclusive para quem insiste em testar seus limites. Mais do que interromper uma peça publicitária, o tribunal lança luz sobre práticas que tensionam a legalidade e desafiam a credibilidade do processo eleitoral. O caso reforça que, antes de buscar palanque, é preciso enfrentar o que a Justiça determina.
Com informações G1DF
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