Por Carlos Arouck
As manifestações deste domingo deixaram algumas questões bem claras. O apoio ao presidente que o povo elegeu, a vontade popular de que as reformas sejam executadas, a união dos brasileiros contra a corrupção e a impunidade, a indignação cidadã com os demandos de algumas altas autoridade.
Mas além desses pontos que já foram destaque principalmente nas mídias sociais, outros fatos foram desvelados. Entre eles, o mais grave: a “interpretação” da verdade por jornais de tradição, que não mais se preocupam em seguir os preceitos que regem o bom jornalismo.
Há pouco tempo atrás, a condição de isento, de imparcial, servia como uma garantia de qualidade do trabalho do bom jornalista, atento ao Código de Ética de sua profissão. Agora, em tempos virtuais, não há mais preocupação com a objetividade jornalística.
Pior: a grande mídia tradicional e corporativista se mostra cega até quando as evidências contradizem o que veiculam. Editores se negam a enxergar o que ocorre no mundo real, mesmo após seus cinegrafistas registrarem imagens com suas câmeras. A manifestação ocorreu em todas as unidades da Federação e a Avenida Paulista ficou lotada de cidadãos.
O que se via na Tv ou na internet não refletia o que se via nas redes sociais.Na era das comunicações rápidas e de acesso a todos os portadores de um celular, a notícia brota rápido e se não for atendida pela mídia tradicional, será divulgada pelos internautas. A força dos “influenciadores digitais’ aumenta quando a mídia tradicional deixa de cumprir bem seu papel de informar.
Basta um olhada rápida pelas manchetes das publicações sobre a manifestação do dia 26 último para perceber que são matérias sem dados precisos.
Afinal, quantas pessoas estiveram na Avenida Paulista? Fotos em Copacabana, no Rio, mostram espaços vazios, como se poucas pessoas tivessem marcado presença. Em Brasília, capital federal, quase nenhuma cobertura do evento.
Os jornalistas estavam ocupados com outra pauta em pleno domingo? Ou seria uma estratégia editorial manter o apoio ao presidente fora do noticiário? Só pode ser uma opção informativa orientada por objetivos políticos porque faltam argumentos para justificar uma decisão como essa.
Além da falta de matérias sobre as manifestações, ainda surgiram boatos, e esses, sim, receberam a atenção dos repórteres. A má fé atinge todas as áreas, principalmente a política. Os velhos mantras de que “querem fechar o Congresso e o Supremo” e de que “o povo nas ruas significa perigo para a democracia” foram usados pelos agentes da desinformação.
Esses argumentos saíram nas primeiras páginas dos “melhores” veículos de comunicação. No mundo das verdades, a maioria defendeu as reformas combinadas com os 58 milhões de eleitores do Presidente.
Seria demais pedir que a mídia pautasse uma manifestação expressiva a favor de reformas consideradas impopulares? Isso, sim, seria um exemplo democrático, a democracia agindo, expressando o que se passa independente do viés político ou doutrinário.
O povo quer esperança, não quer “fake news” nem as “armações” daqueles que buscam minar o mandato de um presidente recém eleito.
As manifestações do dia 26 representaram um exemplo de civilidade, de patriotismo, de defensores dos votos que o Bolsonaro recebeu para fazer exatamente o que foi prometido na sua campanha. Fazer com que mais de três milhões de pessoas, sem nenhuma filiação, sem organização, sem promoção em massa e sem incentivos diretos saiam às ruas no dia reservado ao descanso, no domingo, em apoio a um governo, é um feito histórico, que não pode ser menosprezado por nenhum meio de comunicação sério.
Policial federal, Carlos Arouck é formado em Direito e Administração de Empresas, instrutor de cursos na área de proteção, defesa e vigilância, consultor de cenários
 políticos e de segurança pública, membro ativo de grupos ligados aos movimentos de rua.
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