O presidente da República, Jair Bolsonaro, empossou o ministro da Justiça, André Mendonça, em substituição ao ex-ministro Sergio Moro, nesta tarde de quarta-feira (29), usando uma figura de retórica. Ele disse ser como “técnico” de um time de futebol. Tem a incumbência de substituir peças, às vezes o jogador apresenta cansaço e tem que ser substituído, mas confiando no atleta que entrará em campo.
Bolsonaro afirmou que o “sonho” de nomear Ramagem para o posto “brevemente se concretizará”. Sabendo-se que a o Palácio do Planalto desistiu de lutar pela nomeação dele no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu gostaria de honrá-lo no dia de hoje dando-lhe posse como diretor-Geral da Polícia Federal. Eu tenho certeza de que esse sonho meu, mais dele, brevemente se concretizará, para o bem da nossa Polícia Federal e do nosso Brasil”, afirmou Bolsonaro.

Mesmo com a declaração do presidente, o próprio governo seguiu a decisão do STF e tornou sem efeito a nomeação de Ramagem para o cargo. A AGU (Advocacia-Geral da União) informou também hoje que não iria recorrer da decisão.
O presidente afirmou, em discurso que respeita o poder Judiciário, Legislativo, mas em tom de crítica citou um ministro, que em decisão monocrática, anulou a indicação do delegado federal Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-Geral da Polícia Federal. Ele se referia ao ministro Alexandre de Moraes que barrou Ramagem para assumir o comando da PF.
Ele citou que realizou o sonho de montar um time de ministros. E que o técnico precisa trocar alguns jogadores ou que alguns jogadores estão cansados e pedem para sair. O presidente citou os dois artigos da Constituição que se refere harmonia e independência entre os três poderes.

Bolsonaro elogiou o ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmando que ele soube sempre votar para o bem do Brasil e também agradeceu o presidente do STF, Antonio Dias Toffoli.

Em seu discurso, o novo ministro da Justiça, André Mendonça, iniciou elogiando o ministro da secretaria-Geral da Presidência Jorge Oliveira por abrir mão de assumir o ministério da Justiça, que era o principal cotado para ser o novo ministro da Justiça. Mendonça disse que ele tomou essa atitude para melhor servir o Brasil.

Mendonça assumiu compromissos com a nação. O primeiro compromisso com o Estado de Direito e seus valores. Depois citou o combate irrestrito à criminalidade. E ainda a garantida de Justiça e Segurança para a população.
O advogado-Geral da União, José Levi, em curto discurso, salientou que tem muito trabalho pela frente e agradeceu a confiança do presidente e pediu diálogo entre os poderes.

Participaram da cerimônia de posse, a primeira-dama Michele, o vic-presidente Hamilton Mourão; o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli; o ministro do STF, Gilmar Ferreira Mendes; ministro José Antonio Noronha presidente do Superior Tribunal de Justiça; chefe da Casa Civil da Pesidência, Braga Neto; governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; ministro da Justiça, Montel, que passará o cargo, anterior advogado-Geral da União André Luiz de Almeida Mendonça, o novo advogado-Geral da União, José Levi, ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes; ministro da Defesa, Joel Fernando, senador Flavio Bolsonaro e outros convidados parlamentares.
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